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Reforma Tributária: reta final exige ajustes urgentes nas empresas

Especialista reforça que empresas devem priorizar ajustes técnicos para enfrentar o novo cenário fiscal em 2026

31 dez 2025 - 06h09
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Resumo
Empresas precisam acelerar adaptações técnicas, revisar processos, sistemas e contratos, além de treinar equipes para enfrentar desafios da Reforma Tributária que inicia em 2026, segundo especialistas.
Foto: Freepik

Com o início da transição da Reforma Tributária prevista para começar em janeiro de 2026, empresas de diferentes setores precisam acelerar sua adaptação ao novo modelo fiscal. A implementação da CBS e do IBS marca uma das mudanças mais profundas já realizadas no sistema tributário brasileiro, exigindo revisão minuciosa de processos e sistemas.

Segundo Ana Maciel, Diretora de Conteúdo Tributário da Vertex Inc., uma das maiores companhias globais de tecnologia tributária, embora a transição plena se estenda por anos, a fase inicial, com a cobrança do CBS e do IBS em 2026, embora com alíquotas simbólicas e com o objetivo de calibrar os sistemas fiscais, já impõe uma série de ações críticas que não podem ser postergadas. "Muitos gestores podem subestimar o impacto da fase de transição, focando apenas no cenário pós-reforma. No entanto, o período de coexistência de regimes tributários será um dos maiores desafios", alerta Ana.

Pensando nisso, a executiva destaca os principais pontos de atenção nessa reta final de preparação para a Reforma. Confira:

Saneamento de cadastros e mapeamento de impactos

A base para qualquer alteração tributária começa com dados limpos e atualizados. “A fim de que a tributação seja aplicada de forma correta, é fundamental revisar e sanear cadastros de produtos, serviços e clientes. Mais importante, é preciso planejar os impactos dessas mudanças nas diferentes áreas da empresa, desde o financeiro, passando por contábil, vendas, compras e até TI, para que todas estejam alinhadas e prontas para as novas demandas”, sinaliza a diretora da Vertex.

A executiva afirma ainda que, com a unificação de tributos, erros de classificação fiscal tornam-se ainda mais críticos, até porque o novo sistema privilegia a não cumulatividade plena e qualquer inconsistência cadastral afeta diretamente o fluxo de créditos. “Um produto mal categorizado pode resultar em tributação incorreta, gerar crédito ou débito indevido, penalidades e até distorções no preço final. Ou seja, empresas precisam revisar códigos como NCM, NBS, CST entre outros, exceções, regimes especiais e regras de alíquota de forma muito mais rigorosa”, esclarece ela.

Renegociação de contratos

Contratos de longo prazo, sejam com fornecedores ou clientes, precisarão ser revisados e, em muitos casos, renegociados para incorporar as novas condições tributárias. “Ignorar essa etapa pode resultar em desequilíbrio econômico-financeiro para uma das partes, gerando passivos ou perdas de receita inesperadas”, esclarece a especialista da Vertex.

Ajustes urgentes em tecnologia e sistemas

O principal ponto de atenção para a virada é garantir que os sistemas estejam prontos para operar simultaneamente em dois regimes tributários. Isso exige adequações no ERP, atualização de layouts eletrônicos e validação das integrações conforme a Nota Técnica 2025.002. “A falta de atualização tecnológica pode afetar diretamente o faturamento, fluxo de caixa e operação”, reforça Ana Maciel.

Ela destaca ainda que a transição não é apenas tecnológica, mas também operacional. As equipes fiscais, financeiras e de TI precisam dominar as novas regras e compreender seus efeitos na precificação, emissão, contabilização e governança. “Sem testes de convivência entre os modelos atual e novo (CBS, IBS, IS), empresas podem enfrentar bloqueios, divergências e penalidades. A atualização contínua será essencial, já que o próprio Fisco ainda ajusta documentos e diretrizes”, diz a especialista.

Capacitação das equipes deve ser contínua

Outra mudança indispensável será a preparação das equipes para operar dentro do que ela chama de “nova era tributária”. A Reforma introduz não apenas novos tributos, mas também um modelo de apuração mais transparente, baseado em créditos amplos e regras inéditas de segregação fiscal.

“Por isso, empresas precisarão investir em treinamentos que envolvam times de faturamento, compras, vendas, TI, fiscal e contábil, garantindo entendimento uniforme das novas obrigações. Além da capacitação técnica, será necessário revisar manuais internos, fluxos de aprovação, políticas de compliance e mecanismos de conferência das notas fiscais, já que falhas humanas tendem a aumentar em períodos de transição, especialmente quando se introduzem mudanças estruturais e inovações no modelo tributário”, detalha Ana Maciel. Para ela, com processos mais bem definidos e equipes atualizadas, as organizações reduzem riscos de erros, asseguram governança e se adaptam de forma mais segura ao novo ambiente tributário.

Riscos operacionais devem ser monitorados em toda a cadeia

Mesmo empresas estruturadas podem enfrentar gargalos caso fornecedores, parceiros e software houses não estejam aderentes. O sistema tributário funciona de forma interconectada e, por isso, rejeições e inconsistências tendem a se espalhar pela cadeia. O maior risco não está apenas na mudança em si, mas na falta de alinhamento entre todos os elos envolvidos na operação.

"A mensagem é clara: a preparação não pode esperar. Contar com consultorias especializadas e soluções tecnológicas que ofereçam inteligência fiscal e automação é um investimento essencial para navegar com segurança por essa reforma histórica e garantir a sustentabilidade dos negócios”, conclui Ana Maciel.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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