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Proposta do Brasil é aumentar trocas comerciais e complementaridade econômica com EUA, diz Alckmin

Vice-presidente afirma que governo está atento a produtos industriais que podem 'indevidamente' ser deslocados para o Brasil em razão de barreiras comerciais impostas por Trump

22 abr 2025 - 13h53
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou nesta terça-feira, 22, em evento com empresários da indústria de autopeças, a disposição do Brasil de negociar as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ao mesmo tempo, ressaltou, o governo está atento à possibilidade de desvios de produtos em direção ao Brasil por conta da guerra comercial estimulada pela política tarifária americana.

Ao relembrar as conversas que teve com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e o representante comercial do país, Jamieson Greer, Alckmin voltou a frisar que a balança de bens e serviços é superavitária do lado americano, de modo que o Brasil não deveria ser alvo de Trump.

O ministro acrescentou que oito dos dez produtos mais exportados pelos Estados Unidos ao Brasil não pagam tarifa para entrar no mercado brasileiro. Na média, pontuou Alckmin, a tarifa média cobrada pelo Brasil aos produtos americanos é de 2,7%.

Segundo Alckmin, oito dos dez produtos mais exportados pelos Estados Unidos ao Brasil não pagam tarifa para entrar no mercado brasileiro
Segundo Alckmin, oito dos dez produtos mais exportados pelos Estados Unidos ao Brasil não pagam tarifa para entrar no mercado brasileiro
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

"Por isso, o Brasil naquela decisão inicial ficou com a menor tarifa. E o caminho é de diálogo, o que nós estamos propondo é aumentar ainda mais a parceria, não fazer um perde-perde, mas um ganha-ganha para a gente poder ter mais trocas comerciais e complementaridade econômica", comentou o ministro em discurso na cerimônia de abertura da Automec, feira internacional do setor de autopeças.

Na sequência, ele disse que o ministério está, do outro lado, atento a produtos industriais que podem "indevidamente" ser deslocados para o Brasil em razão de barreiras comerciais.

Alckmin disse que o governo vai revisar a lista de ex-tarifários, cujos produtos pagam tarifas de importação reduzidas por não serem fabricados no Brasil. A ideia é atualizar a relação para excluir itens que passaram a ser produzidos nacionalmente.

"Nós vamos fazer uma revisão da questão dos chamados ex-tarifários para separar bem o que nós não fabricamos no Brasil. Zeramos o imposto de importação para poder importar e a indústria crescer. Mas o que nós fabricarmos no Brasil, não. Nós queremos fortalecer a indústria no nosso País", informou a jornalistas.

Ele ressaltou o que considera ser um bom momento da indústria de transformação, citando o crescimento superior ao do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado: 3,8% contra 3,4% da economia como um todo.

Estadão
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