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Prefeitura de SP garante combustível para ônibus até quarta

Rodízio municipal de veículos segue suspenso até sexta-feira; ecopontos voltam a funcionar na quarta

29 mai 2018 - 12h46
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), declarou que há apenas combustível suficiente para garantir a circulação de ônibus na cidade para a terça e a quarta-feira. Segundo ele, o maior "ponto de atenção" neste momento é em relação ao absenteísmo de estudantes e professores da rede municipal. Por isso, 37 postos foram abastecidos e têm prioridade para atender funcionários públicos da Educação e da Saúde. Para serem atendidos de forma prioritária (como se fosse uma fila paralela ao do público em geral), é necessário apresentar documentação. Na segunda-feira,de 50 a 40% dos estudantes faltaram às aulas na rede municipal. Hoje, a estimativa é que tenha subido para de 50 a 60%. Dentre os professores, 22% faltaram ao trabalho na segunda-feira.

O maior “ponto de atenção” neste momento é em relação ao absenteísmo de estudantes e professores da rede municipal
O maior “ponto de atenção” neste momento é em relação ao absenteísmo de estudantes e professores da rede municipal
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

O anúncio ocorreu após reunião do Comitê de Gerenciamento de Crise, criado na sexta-feira, 25, dia em que a Prefeitura decretou situação de emergência.

A coletiva seletiva segue suspensa desde domingo. Diante de uma possível paralisação dos petroleiros, a procuradoria geral do Município deve ingressar ainda nesta terça-feira com uma ação na Justiça para garantir o abastecimento de combustível para os serviços municipais, sob pena de multa. Fechados há dias, os Ecopontos voltarão a funcionar nesta quarta-feira.

Ônibus. Às 11 horas, a São Paulo Transporte (SPTrans) divulgou que 67% da frota de ônibus prevista para o horário estava em funcionamento na cidade. Para terça e quarta-feira, as operações ocorrem com 60 a 70% do total de viagens habituais no horário e 50% no entrepico. Segundo Covas, duas das mais de 1300 linhas de ônibus da cidade não estão em operação.

Saúde. As cirurgias eletivas seguem suspensas em quatro dos 12 hospitais municipais: Carmino Caricchio (Tatuapé), Tide Setubal (São Miguel Paulista), José Soares Hungria e M' Boi Mirim. Também está suspensa a realização de exames de rotina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Desde sexta-feira, 25, o transporte de combustível obtido pela Prefeitura ocorre com apoio de escolta da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Somente na segunda-feira, a GCM fez 72 escoltas para 300 caminhões. Além disso, uma portaria convocou todos os guardas de folga a voltarem ao trabalho.

Após firmar parceria com três postos no fim de semana, agora 16 postos são de uso exclusivo de veículos de serviços essenciais do Município, que não integram a lista dos 37 prioritários para o funcionalismo público. O abastecimento nesses locais também é destinado para carros da Eletropaulo, da Comgás e da empresa que fornece medicamentos ao Município.

Segundo a Prefeitura, estão normalizadas as operações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Serviço Funerário Municipal, da Defesa Civil, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), da Assistência Social e da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Rodízio

O rodízio municipal de veículos segue suspenso durante toda a semana. Além disso, um decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial Cidade de São Paulo desta segunda-feira libera o tráfego irrestrito de caminhões em todas as zonas da cidade e horários até domingo, 3.

Serviços essenciais que não são prestados pela Prefeitura também são monitorados pelo Comitê de Crise, tais como hospitais privados e supermercados, dentre outros.

A Secretaria Municipal da Fazenda estima que, desde o início da greve, São Paulo deixou de arrecadar em tributos cerca de R$ 150 milhões, apenas com ISS (imposto sobre serviços).

Estadão
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