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Preços ao consumidor nos EUA sobem menos que o esperado em agosto

13 set 2018 - 11h16
(atualizado às 11h58)
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Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram menos que o esperado em agosto uma vez que os aumentos na gasolina e nos aluguéis foram compensados pelas quedas nos custos com saúde e vestuário, e as pressões do núcleo da inflação também pareciam estar desacelerando.

Consumidores são vistos em Nova York, Estados Unidos 20/11/2017 REUTERS/Brendan McDermid
Consumidores são vistos em Nova York, Estados Unidos 20/11/2017 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

Apesar dos aumentos moderados nos preços ao consumidor no mês passado, as pressões inflacionárias estão aumentando de forma constante, diante do aperto no mercado de trabalho e do crescimento econômico robusto. A força no mercado de trabalho foi reforçada por outro dado nesta quinta-feira mostrando que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, ficando perto da mínima em 49 anos.

"Não há motivo para suspeitar que o aumento mais fraco nos preços ao consumidor em agosto seja o início de outra queda como a que vimos no início de 2017", disse Paul Ashworth, economista-chefe da Capital Economics.

"Com as condições do mercado de trabalho abertas, o aumento dos salários acelerando e os preços de insumo sendo pressionados para cima pelas restrições de capacidade e tarifas recém-impostas, existe muita pressão para cima sobre os preços."

O Departamento de Trabalho informou nesta quinta-feira que seu índice de preços ao consumidor subiu 0,2 por cento no mês passado, após leitura similar em julho. Nos 12 meses até agosto, o índice subiu 2,7 por cento, desacelerando em relação ao avanço de 2,9 por cento em julho.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o indicador subiu 0,1 por cento. O chamado núcleo da inflação havia aumentado 0,2 por cento por três meses consecutivos. Nos 12 meses até agosto, o núcleo avançou 2,2 por cento, após subir 2,4 por cento em julho.

Economistas consultados pela Reuters previam que a inflação ao consumidor subiria 0,3 por cento em agosto e seu núcleo, 0,2 por cento.

O relatório de inflação provavelmente fará pouco para mudar as expectativas de que o Federal Reserva vai elevar a taxa de juros na reunião de 25 e 26 de setembro. O banco central dos EUA aumento os juros duas vezes neste ano.

O Fed acompanha uma medida diferente de inflação, o núcleo do índice PCE, para decisões de política monetária. O núcleo do PCE aumento 2 por cento em julho, atingindo a meta do Fed pela terceira vez neste ano.

Em outro relatório, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 1 mil, para 204 mil em números ajustados sazonalmente na semana encerrada em 8 de setembro, nível mais baixo desde dezembro de 1969. Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 2 mil pedidos a mais do que o informado antes.

Economistas consultados pela Reuters projetavam alta para 210 mil pedidos na última semana.

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