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Porta trancada em banheiro de avião pode mudar diretriz na aviação e causar gasto de R$ 19 milhões

Órgão que cuida da aviação civil dos Estados Unidos lançou uma proposta para que travas das portas dobráveis dos banheiros sejam substituídas

23 abr 2025 - 10h35
(atualizado às 12h45)
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A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), lançou uma proposta de diretriz que pode obrigar os operadores de aviões da Boeing a revisar uma peça da trava das portas dos banheiros de vários modelos 737 que operam nos Estados Unidos. O caso aconteceu após um passageiro ficar preso dentro do banheiro e a aeronave ter de fazer um pouso não programado para que ele pudesse ser retirado.

Esta troca, se efetivada, poderá afetar 2.612 aviões e gerar um custo de US$ 3,4 milhões (mais de R$ 19 milhões), segundo projeção da FAA. A Boeing informou apoiar a proposta - companhias aéreas e demais interessados têm até 27 de maio para apresentem à FAA comentários sobre a proposta. "Apoiamos totalmente a proposta da FAA de tornar a substituição do fecho obrigatório. Continuaremos a nos comunicar com nossos clientes sobre essas ações", diz a Boeing.

A FAA tem função semelhante à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no Brasil e quer, com esses comentários, estabelecer uma nova diretriz de aeronavegabilidade (DA), que afetará determinados modelos de aeronaves Boeing 737 - são eles: 737-700, 737-800, 737-900, 737-900ER, 737-8 e 737-9.

A diretriz, caso seja aprovada, exigirá a substituição das travas das portas dobráveis dos banheiros dessas aeronaves por travas com um design aprimorado. A proposta também proíbe a instalação das travas atualmente em uso. Segundo a Boeing, desde 2018 a empresa vem apresentando informações e orientações aos clientes sobre essa questão.

O caso do passageiro preso no banheiro

A motivação para esta ação regulatória nos EUA surgiu após um incidente em que um passageiro não conseguiu destravar a porta do banheiro durante o voo. Os documentos da FAA não citam quando e nem onde ocorreu esse incidente, apenas que a tripulação de bordo tentou ajudar o passageiro a sair, mas também não conseguiu abrir a porta, o que levou a um pouso não programado da aeronave.

A investigação sobre o caso identificou que as travas das portas dobráveis falharam em serviço devido à fadiga do material da estrutura plástica. Essa fadiga foi atribuída principalmente ao estresse excessivo, combinado com marcas de linha de solda e usinagem dos furos para inserção na estrutura plástica da trava.

Segundo a FAA, essa situação é muito arriscada, sobretudo em emergências como turbulência severa, emergências médicas ou evacuações, já que uma trava defeituosa poderia impedir o acesso ou a saída do passageiro, resultando em ferimentos graves para o ocupante. Segundo relato da agência, essa condição insegura tem probabilidade de existir ou de se desenvolver em outras aeronaves do mesmo tipo de projeto.

Caso a diretriz entre em vigor, os responsáveis terão até quatro meses para fazer os reparos. Pelos dados da FAA, a diretriz abrangerá 2.612 aeronaves registradas nos Estados Unidos. Por ser um órgão do governo norte-americano, a FAA não possui jurisdição para determinar que o mesmo seja feito em aviões dos modelos afetados que operam fora dos Estados Unidos.

Segundo a proposta de regulamentação, os custos estimados para cumprir a diretriz são de US$ 170 (R$ 995,4) por trava para cobrir custos de mão de obra (2 horas x US$ 85/hora) e de até US$ 481 (R$ 2.816) por trava para peças, totalizando até US$ 1.302 (R$ 7.623) por aeronave, já que são até duas travas por avião. O valor de US$ 3,4 milhões é a soma total para as aeronaves que passarão por reparos. O custo, segundo a FAA, poderá ser coberto, totalmente ou em parte, pela garantia da fabricante.

Estadão
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