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Petróleo tem queda superior a 2% na semana, com temores de excesso no mercado

13 set 2019 - 16h38
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O petróleo encerrou a sessão desta sexta-feira, 13, em queda, mesmo sinal da semana, em meio a renovados temores de excesso de oferta. No radar dos investidores está ainda o desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para outubro fechou cotado a US$ 54,85. A perda na sessão foi de 0,44%. Na semana, a baixa foi de 2,95%. Em Londres, na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro recuou para US$ 60,22, queda de 0,26% no dia e 2,15% na semana.

Os temores de que a redução da demanda e a oferta estável resultem em um excesso de petróleo estocado provocou a queda das cotações do barril nos últimos meses.

No início desta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para baixo as expectativas para o crescimento global da demanda em 2019.

O cartel e seus aliados adiaram conversas sobre novos cortes de produção, um revés para alguns analistas que projetavam que o grupo faria algum anúncio neste sentido na reunião técnica desta semana.

A divergência do petróleo de outros ativos de risco nesta semana também foi notável, porque o petróleo se movimentou ao lado de ações sobre as relações comerciais recentemente.

Embora as tensões entre as duas maiores economias do mundo tenham diminuído antes das próximas rodadas de discussões, alguns analistas continuam céticos quanto a conseguir um acordo de longo alcance que remova tarifas e alivie uma pressão significativa sobre a economia global.

Essa incerteza é uma preocupação para os investidores do petróleo, que tentam avaliar se o crescimento da demanda continuará desacelerando.

Enquanto isso, os EUA continuam produzindo petróleo, e vários outros projetos devem adicionar petróleo ao mercado global no próximo ano.

Ainda assim, o relatório semanal da Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas em atividade nos Estados Unidos recuou 5 na última semana, para 733, o menor total desde novembro de 2017.

"Embora a Arábia Saudita tenha reduzido sua produção mais acentuadamente do que o acordo de corte de produção estipula, outros países membros, como Nigéria e Iraque, além da Rússia, que é membro da OPEP+, vêm produzindo significativamente", disseram analistas do Commerzbank em nota enviada a clientes. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão
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