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Petróleo fecha perto da estabilidade em meio a sinais mistos sobre oferta

5 out 2018 - 17h02
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Os contratos futuros de petróleo mostraram poucas oscilações nesta sexta-feira, 5, e fecharam perto da estabilidade, com os investidores avaliando se o forte recuo nos preços visto na quinta-feira foi o início de uma tendência de queda ou uma breve pausa antes de os preços voltarem a subir para os maiores níveis em quatro anos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro encerrou o dia em alta de 0,01%, para US$ 74,34 por barril, com ganho semanal de 1,49%. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para dezembro caiu 0,50%, para US$ 84,16, com alta semanal de 1,73%.

Os preços do petróleo aceleraram esta semana, atingindo o maior nível desde novembro de 2014 tanto na segunda quanto na quarta-feira, antes de caírem quase 3% na quinta-feira, o maior declínio porcentual diário em dois meses. A incerteza do mercado está sendo impulsionada por narrativas correntes. O cenário otimista para os preços mostra que as sanções americanas contra o Irã irão reduzir drasticamente as exportações de petróleo do país persa e que os principais produtores do mundo impulsionarão a produção para cobrir o déficit do Irã, mantendo um teto sobre os preços.

"Neste momento, vejo mais informações potencialmente pessimistas evoluindo devido ao aumento no volume total de estoques dos EUA e ao aumento na produção saudita e americana", afirmou o analista Dominick Chirichella, do Energy Management Institute. "Acredito que o mercado está claramente sobrecomprado e parece estar entrando em um estado de euforia positivo."

Para os analistas do Goldman Sachs, os investidores, neste momento, estão "navegando em um mar de incertezas" enquanto esperam que as penalidades sobre o Irã ocorram. "A chave para a natureza desse rali - bem como a perspectiva para os preços nas próximas semanas - é tanto a incerteza quanto o tamanho e o cronograma das perdas da produção do Irã e a atual divergência entre os fluxos de petróleo físicos e financeiros", diz o banco americano. Para o Goldman, "as exportações do Irã estão caindo mais rápido do que nós e a maioria dos analistas esperávamos, mas, até setembro, foram mais do que compensadas pela maior produção de outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia".

Um leve sinal de alívio foi emitido pela Baker Hughes no meio da tarde, após o número de poços e plataforma de petróleo em operação nos EUA cair para 861 na semana. De acordo com a empresa, a falta de dutos e de infraestrutura mais apropriada está impedindo os produtores americanos de tirar proveito dos preços mais altos do petróleo.

Olhando para a frente, a estrategista-chefe de commodities do banco canadense RBC, Helima Croft, afirmou que a preocupação crescente de que a Opep tenha capacidade limitada de preencher o déficit esperado do Irã poderia empurrar o Brent acima da marca simbólica de US$ 100 por barril até o fim do ano. "Se houver outra interrupção em um produtor em risco ou um aumento nas tensões no Oriente Médio, estaríamos perto desse nível", afirmou. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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