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Petróleo fecha em queda de mais de 5%, com cautela por ômicron e de olho em Fed

30 nov 2021 - 17h33
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Os contratos do petróleo fecharam em queda no mercado futuro. O preço dos ativos foi pressionado pela renovada preocupação com a ômicron, nova variante do coronavírus. Além disso, o dólar se fortaleceu ante rivais, ainda que momentaneamente, após falas do Federal Reserve (Fed), o que contribuiu para queda da commodity.

O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 5,39% (US$ 3,77), a US$ 66,18 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro caiu 5,45% (US$ 3,99), a US$ 69,23 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Durante a sessão, o WTI chegou a operar abaixo de US$ 65 por barril pela primeira vez desde agosto.

Nesta terça, 30, o CEO da Moderna disse que a eficácia das atuais vacinas contra a covid-19 deve se mostrar reduzida frente a cepa ômicron. Com a nova variante tendo sido apontada como mais transmissível, ainda que proporcione uma doença menos severa, o TD Securities avalia que a reação do mercado não é exagerada. Isso porque a transmissibiliade está mais relacionada às restrições de mobilidade do que a gravidade da doença, diz o banco. "Ainda é preciso ver se mais lockdowns se espalharão pelo globo, mas a probabilidade desses eventos aumentou", dizem analistas.

"Os preços do petróleo estão sofrendo sua maior perda mensal desde março de 2020, ou seja, quando a pandemia do coronavírus teve início", diz Carsten Fritsch, analista do Commerzbank. Em novembro, o contrato mais líquido do WTI acumulou perda de 20,80%, enquanto do Brent diminuiu 17,30%.

Os ativos da commodity caíam ao longo de toda a sessão, mas acentuaram a queda pressionados pela alta momentânea do dólar ante rivais. O fortalecimento do dólar torna as commodities mais caras para detentores de outras moedas. A divisa americana subiu após os comentários hawkish do presidente do Fed, Jerome Powell.

Amanhã, deve ocorrer a reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep). Além da nova variante, há expectativa no mercado de que seja discutida uma resposta à liberação de estoques de petróleo por países de fora da cúpula. Com a liberação de cerca de 850 mil barris por dia (bpd) em janeiro pelos Estados Unidos, a Opep e aliados não terão outra opção além de adiar por dois meses seu aumento planejado para produção, diz o Commerzbank.

Estadão
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