Petróleo sobe com risco de interrupções na oferta da Venezuela e Rússia
Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira, depois que a Guarda Costeira dos EUA buscou interceptar um petroleiro em águas internacionais perto da Venezuela, um dia antes, e a Ucrânia danificou duas embarcações e píeres na Rússia, aumentando o risco de interrupções no fornecimento do produto.
Os contratos futuros do petróleo Brent ganharam US$ 1,60, ou 2,7%, para encerrarem em US$62,07 por barril, enquanto os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA subiram US$1,49, ou 2,6%, fechando a US$58,01 por barril.
No domingo, a Guarda Costeira dos EUA buscou interceptar um navio petroleiro que, segundo as autoridades americanas, faz parte da evasão de sanções ilegais da Venezuela, a terceira operação desse tipo neste mês. A perseguição ocorreu após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, de um bloqueio de petroleiros sob sanções que entram e saem da Venezuela.
Os participantes do mercado veem um risco de interrupção das exportações de petróleo venezuelano por causa do embargo dos EUA, tendo anteriormente minimizado o risco, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo.
O petróleo bruto venezuelano representa 1% da oferta global, e a maior parte é comprada pela China. Pequim disse na segunda-feira que a apreensão de navios de outro país pelos EUA é uma grave violação do direito internacional, depois que os EUA interceptaram no sábado um navio petroleiro com destino à China na costa venezuelana.
Os preços do petróleo também estavam subindo também devido a relatos de ataques de drones ucranianos a navios russos em um porto do Mar Negro, disse a empresa de consultoria em comércio de petróleo Ritterbusch and Associates em uma nota.
Um ataque de drones ucranianos danificou duas embarcações, dois cais e provocou um incêndio em um vilarejo na costa do Mar Negro, na região russa de Krasnodar, informaram as autoridades regionais na segunda-feira. A região do Mar Negro é vital para as exportações de energia da Rússia.