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Pedidos de recuperação judicial quase dobram em 2016 até abril, diz Serasa Experian

4 mai 2016 - 13h30
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Os pedidos de recuperação judicial de empresas brasileiras nos primeiros quatro meses de 2016 quase dobraram ante mesma etapa do ano passado, em meio ao quadro recessivo e aumento de custos, informou nesta quarta-feira a empresa de informações de crédito Serasa Experian.

De janeiro a abril, foram 571 pedidos, número 97,6 por cento superior ao de igual etapa de 2015, de 289, e recorde para o intervalo desde 2006, após a vigência da Nova Lei de Falências.

As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial, com 327 pedidos, seguidas pelas médias (149) e pelas grandes empresas (95), segundo a Serasa Experian.

Em abril isoladamente, foram 162 pedidos registrados, alta de 65,3 por cento ante abril do ano anterior.

Segundo os economistas da entidade, o movimento tem entre as causas o prolongamento e a ampliação do recessão econômica e a elevação dos custos operacionais e financeiros.

Além do cenário econômico adverso, os desdobramentos da operação Lava Jato têm colocado na fila de pedidos de recuperação judicial várias empresas dos setores de óleo e gás e de infraestrutura, como Sete Brasil, OAS e Grupo Galvão.

O aumento da inadimplência no setor corporativo tem sido o maior responsável pelo forte incremento das provisões de bancos para perdas esperadas com calotes. No Itaú Unibanco, as provisões subiram 43,7 por cento no primeiro trimestre sobre um ano antes. No caso do Bradesco, o aumento foi de 52 por cento na mesma comparação. [L2N17V0DO] [nL2N18009Y]

Os pedidos de falência no primeiro quadrimestre, contudo, tiveram um avanço menor, de 4 por cento na comparação anual, para 523 pedidos. No mês de abril, foram 132 requerimentos de falência, 16,5 por cento ante abril de 2015.

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