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Para Guedes, recuperação da economia "só depende de nós"

Recuo de 1,5% na atividade econômica no primeiro trimestre reflete apenas os primeiros impactos da pandemia do novo coronavírus

29 mai 2020 - 13h01
(atualizado às 13h15)
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BRASÍLIA e SÃO PAULO - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que "depende de nós mesmos" determinar como será a reação da economia no pós-pandemia.

Guedes apontou que há três opções: a chamada retomada em forma de "V", que seria a mais rápida; a retomada em forma de "U", um pouco mais lenta; ou então a economia pode se comportar como na forma da letra "L" que, segundo o ministro, significa "cair e virar depressão".

"Só depende de nós. Só depende de nós. Pela terceira vez, só depende de nós", disse o ministro nesta sexta-feira, 29. "Prefiro ainda trabalhar com o 'V', pode ser um 'V' meio torto, caiu rápido e vai subir um pouco mais devagar, mas ainda é um 'V'."

Guedes fez a declaração pouco depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,5% no 1º trimestre, na comparação com os três últimos meses de 2019.

Paulo Guedes diz que o governo espera a ajuda de todos na recuperação pós-pandemia.
Paulo Guedes diz que o governo espera a ajuda de todos na recuperação pós-pandemia.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil - 15/5/2020 / Estadão Conteúdo

O resultado reflete apenas os primeiros impactos da pandemia do novo coronavírus e coloca o País à beira de uma nova recessão, uma vez que a expectativa é de um tombo ainda maior no segundo trimestre. "Precisamos de cooperação, colaboração, compreensão, solidariedade", disse o ministro durante um seminário virtual.

Se referindo aos recentes conflitos do presidente Jair Bolsonaro com outros poderes, como o Judiciário, Guedes apontou que disputas são "naturais", mas defendeu trégua neste momento de crise senão "o barco naufraga."

"É natural que nessa ansiedade, cada um ao seu estilo, um pise no pé do outro. E quem foi pisado vai empurrar de volta. Agora, acabou. Um deu o empurrão, tomou o empurrão de volta. Todo mundo remando para chegar na margem. Quando chegar na margem, começa a briga de novo. Pode brigar à vontade na margem. Se brigar a bordo do barco, o barco naufraga", disse.

Segundo Guedes, é "cretino atacar o governo do seu próprio País em vez de ajudar num momento como esse". Ele admitiu que existem erros, mas que o governo espera a ajuda de todos. "Ninguém quer apoio a erros. Erramos, nos critique, mas nos ajudem."

Estadão
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