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O que muda com o tarifaço de Trump? Entenda em 6 pontos

Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos importados do Brasil entrou em vigor nesta quarta

6 ago 2025 - 11h21
(atualizado às 12h35)
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Resumo
EUA impuseram tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, totalizando 50%, com 694 exceções; Lula criticou a medida e prepara resposta econômica.
Donald Trump acena para a imprensa na Casa Branca, nesta terça-feira, 5
Donald Trump acena para a imprensa na Casa Branca, nesta terça-feira, 5
Foto: Win McNamee/Getty Images

A tarifa de importação de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entrou em vigor nesta quarta-feira, 6. Apesar de uma lista de exceções com quase 700 itens, a nova alíquota adicional de 40% - somada aos 10% que já existentes - atingirá produtos importantes da pauta de exportação do Brasil, como carne, café e pescados.

O presidente americano Donald Trump afirmou que o aumento da tarifa é uma resposta às ações recentes do governo brasileiro. Ele criticou repetidamente decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e disse que há uma "caça às bruxas" em curso no País contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Entenda abaixo o que é o tarifaço de Trump e o que muda a partir de agora.

O que é o tarifaço de Trump?

O tarifaço de Trump é um pacote de tarifas de importação criado pelo governo dos EUA contra produtos de determinados parceiros comerciais. Trump defende que a medida é necessária para reverter ou ao menos equilibrar a balança comercial, que, segundo ele, tem sido extremamente deficitária para os EUA ao longo de décadas.

No caso brasileiro, porém, essa lógica não se sustenta. O comércio entre Brasil e EUA é favorável aos americanos desde 2009 - e, no primeiro semestre deste ano, a balança apontou novo superávit para os EUA, de US$ 1,674 bilhão.

Ao assinar a ordem executiva que oficializou a alíquota adicional de 40% para o Brasil, na última quarta-feira, 30, Trump justificou a decisão com base em "políticas, práticas e ações recentes do Brasil que ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos EUA".

Quando entrou em vigor?

O tarifaço de Trump contra o Brasil entrou em vigor nesta quarta-feira, 6, às 00h01 no horário de Washington (01h01 no horário de Brasília).

O que muda?

Até está terça-feira, 5, os produtos brasileiros exportados para os EUA estavam sujeitos a uma tarifa de 10%. Com a entrada em vigor da nova alíquota adicional, os itens pagarão uma taxa total de 50% para entrar no território americano.

Quantos produtos brasileiros foram excluídos do tarifaço?

A ordem executiva que oficializou a alíquota adicional de 40% para o Brasil também definiu uma lista com 694 exceções. Produtos importantes da pauta de exportação brasileira, como suco de laranja, celulose e aviões da Embraer, ficaram de fora da nova tarifa.

Por outro lado, a taxação atinge itens relevantes, como carne, café, máquinas e pescados.

Como saber se um produto terá ou não tarifa extra?

O Estadão montou uma ferramenta de busca onde é possível consultar quais produtos foram taxados e quais se enquadram entre as exceções.

Os dados que abastecem essa ferramenta usam levantamento feito pela Leme Consultores a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A descrição de cada item é como consta na plataforma do ministério.

Como o governo brasileiro está reagindo?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 5, que o Brasil merece respeito e criticou a postura de Trump ao anunciar novas taxações contra o País.

Lula acredita que Trump poderia ter ligado para ele ou para o vice-presidente Geraldo Alckmin, já que haveria disposição para diálogo. Ele acrescentou ainda que a medida não se trata de uma questão política, mas sim eleitoral.

"Não vou ligar para o Trump para conversar [sobre as tarifas], não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP. Porque quero saber o que ele pensa da questão climática. Vou ter a gentileza de ligar", afirmou Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que o texto com as medidas previstas no plano de contingência para mitigar os efeitos da taxação deve ser enviado ainda hoje ao Palácio do Planalto. O anúncio oficial, porém, caberá ao presidente.

Estadão
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