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O que é preciso para se transformar em um nômade digital 

Trabalhar e viajar ao mesmo tempo já é a realidade de 35 milhões de pessoas.

1 jun 2022 - 06h00
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Foto: Adobe Stock

O home office já era uma tendência forte antes da pandemia, porém, com a crise mundial de saúde, uma outra modalidade surgiu com enorme força: o anywhere office. Trata-se da possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, desde que esteja conectado à internet. 

A diferença entre eles é sutil, mas existe. No home office, o colaborador precisa de mais estrutura para desempenhar sua função, limitando onde e quando pode desempenhar uma tarefa. Já no anywhere office, tudo é digital, permitindo que você trabalhe de qualquer lugar do mundo.

E é assim que nasce o nômade digital, uma tendência que ficou mais forte quando a própria conexão à internet se tornou mais robusta. Antes, o nômade digital era basicamente um freelancer, hoje é apenas mais um adepto do trabalho não presencial.

Segundo o “Relatório Global de Tendências Migratórias 2022” da Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial, há cerca de 35 milhões de nômades digitais no mundo. E a estimativa é que esse número exploda para cerca de um bilhão de pessoas em 2035.

O que você precisa fazer de concreto para se tornar um nômade digital?

Ter uma cidadania europeia ajuda demais, especialmente porque Portugal e Itália são os destinos preferidos dos brasileiros para trabalhar no regime anywhere office. No entanto, é preciso prestar atenção nas regras de permanência dos países.

“Alguns países têm regras mais flexíveis e vistos especiais para quem planeja trabalhar como nômade digital, como é o caso da Itália, mas ainda sim é preciso pesquisar sobre as legislações locais antes de traçar o itinerário para evitar surpresas desagradáveis”, explica Rafael Gianesini, CEO e cofundador da Cidadania4u, empresa especializada em reconhecimento de cidadania italiana e portuguesa

Além disso, é preciso observar que o passaporte brasileiro tem algumas limitações para países da União Europeia: quem quiser permanecer mais de 90 dias no continente precisará de um visto especial, portanto, é preciso um planejamento mais detalhado para a empreitada. 

Para brasileiros com descendência europeia, esse problema pode ser resolvido de forma mais simples. “Atualmente, mais de 30 milhões de brasileiros podem reconhecer a nacionalidade italiana. Além disso, o trâmite para cidadania portuguesa está facilitado. Com a cidadania europeia, é possível ter livre trânsito na maioria dos países da Europa, e trânsito facilitado para os Estados Unidos. O cenário ideal para os nômades digitais”, finaliza Gianesini.

Redação Dinheiro em Dia
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