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Lucro do banco espanhol Santander sobe 10% no 1º trimestre puxado por Brasil

24 abr 2018 - 11h36
(atualizado às 12h17)
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O Banco Santander abriu nesta terça-feira a temporada de resultados bancários da Espanha com um aumento de 10 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, superando as previsões dos analistas e ajudado por fortes negócios no Brasil, seu maior mercado.

Os negócios do Santander na América Latina permitiram que o banco lidasse com margens apertadas de crédito na Europa, o que está pressionando seus rivais na Espanha, como BBVA e Caixabank.

No Brasil, onde obtém cerca de 26 por cento de ganhos, o lucro líquido do Santander subiu 7 por cento no ano, por conta do aumento sólido do crédito, disse o banco espanhol. O Santander Brasil deve divulgar seu resultado no primeiro trimestre após o fechamento do mercado nesta terça-feira.

No Reino Unido, o terceiro maior mercado do Santander, o lucro caiu 23 por cento, conforma as baixas contábeis subiram para 60 milhões de libras em seu negócio de banco corporativo global. O movimento refletiu principalmente um encargo adicional para um cliente, que passou à inadimplência em 2017, assim como um encargo de baixa contábil relacionada ao colapso da empresa de construção britânica Carillion. O Santander, maior banco da zona do euro em valor de mercado, divulgou lucro líquido de 2,05 bilhões de euros (2,5 bilhões de dólares) nos três primeiros meses do ano, ante lucro de 1,87 bilhão de euros registrado um ano antes. Analistas previam 2,01 bilhões de euros de acordo com pesquisa Reuters.

A receita líquida de juros, uma medida de ganhos sobre empréstimos menos os custos dos depósitos, foi de 8,45 bilhões de euros, um aumento de 0,6 por cento em relação ao ano passado, ante expectativa de 8,49 bilhões de euros.

As ações do Santander registravam as maiores perdas entre os papéis do principal índice da Espanha, o Ibex-35, com queda superior a 3,0 por cento.

Analistas disseram que os resultados foram em sua maioria em linha e destacaram um forte desempenho na América Latina e nos Estados Unidos, mas com receita principal no Reino Unido abaixo do esperado.

Analistas do Deutsche Bank disseram que o Brasil permaneceu como destaque positivo para o banco. "De forma geral, os resultados amparam nossa tese de que o Brasil é o motor de crescimento para o banco, mais do que compensando as pressões vistas em outros lugares, como Espanha e Reino Unido", disse a equipe do Deutsche em nota.

A presidente-executiva do Santander, Ana Botin, disse que o ano começou bem, com o grupo gerando crescimento no lucro de dois dígitos, guiado por fortes resultados no Brasil, Espanha e México, e melhora no desempenho nos Estados Unidos.

O lucro líquido nos Estados Unidos subiu 32 por cento. Recentemente, o Santander disse que estava confiante de que seu negócio no país alcançaria crescimento "significativo" do lucro ao longo dos próximos anos, uma vez que continua otimizando sua estrutura de capital.

A Espanha tornou-se o segundo maior mercado do banco no primeiro trimestre, depois de consolidar o banco Popular em sua contabilidade no terceiro trimestre, após a aquisição em junho. O lucro líquido na Espanha subiu 26 por cento, embora a receita líquida com juros tenha permanecido pressionada ante o trimestre anterior devido às baixas taxas de juros.

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