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Ibovespa retoma os 104 mil pontos refletindo bom humor no exterior

8 ago 2019 - 17h16
(atualizado às 17h38)
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O Ibovespa avançou nesta quinta-feira, refletindo a tendência positiva dos mercados do exterior, após a China desvalorizar o iuan menos do que o esperado, em dia de noticiário corporativo intenso, com diversas empresas domésticas divulgando balanços.

Fachada da B3, a bolsa de valores de São Paulo 
03/04/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Fachada da B3, a bolsa de valores de São Paulo 03/04/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O principal índice da bolsa paulista subiu 1,3%, a 104.115,23 pontos. O giro financeiro da sessão somou 20,36 bilhões de reais.

Wall Street teve outro dia de otimismo, com o banco central da China determinando ponto médio do iuan abaixo da marca de 7 por dólar pela primeira vez desde a crise financeira global. Dados melhores do que o esperado sobre as economias norte-americana e chinesa também impulsionaram o bom humor.

Para o analista Matheus Soares, da Rico Investimentos, a desvalorização da moeda chinesa foi menor do que a precificada pelo mercado, o que animou os investidores.

"Na semana, o mercado tem negociado em cima do que acontece no ambiente externo. A aprovação da Previdência foi positiva mas em grande parte já estava nos preços daqui", disse Soares.

Após ter todos os destaques rejeitados em segundo turno pela Câmara na véspera, a reforma da Previdência iniciou a tramitação no Senado nesta quinta-feira. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que a votação deve levar cerca de seis semanas para ser concluída.

Agentes seguem atentos ao noticiário corporativo. B2W, MRV, Suzano, Cyrela, B3 e outras companhias divulgam seus resultados nesta noite. BRF apresenta seus números na manhã de sexta-feira.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL subiu 0,72%, após divulgar alta de quase 37% ano a ano no lucro líquido recorrente do segundo trimestre, mas reduziu a previsão de crescimento da carteira de crédito em 2019.

- VALE avançou 1,51%, em dia de alta de mineradoras e siderúrgicas, após divulgação de números sobre o comércio exterior chinês melhor do que o esperado, embora dados de importação da segunda maior economia do mundo continuem mostrando fraqueza. USIMINAS subiu 4%.

- PETROBRAS PN valorizou-se em 2,9%, com alta do preço do petróleo no mercado externo, em meio a expectativas de que a queda recente nas cotações motive cortes na produção, além de estabilidade do iuan após uma semana tensa pela escalada no embate comercial EUA-China.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,5%. BRADESCO PN ganhou 0,49% e SANTANDER BRASIL ganhou 2,76%.

- B2W saltou 5,8%, antes da divulgação do balanço trimestral.

- AMBEV recuou 2,2%. O Estadão publicou mais cedo que o ex-ministro Antonio Palocci implicou a empresa em seu acordo de delação premiada. Procurada, a Ambev disse que as alegações relatadas "são falsas e incoerentes".

- CIELO cedeu 3%. O presidente-executivo do Banco do Brasil disse que o banco não considera vender sua fatia na empresa.

- BRASKEM recuou 2,3%, após divulgar forte queda no lucro do segundo trimestre, mesmo com melhores resultados operacionais no Brasil e nos EUA, enquanto enfrenta os efeitos de desaceleração na Europa e no México e bloqueio de recursos devido a afundamento de solo que compromete bairros da capital de Alagoas. Em teleconferência, o presidente da companhia, Fernando Musa, afirmou que o momento de pressão de margens de lucro no setor petroquímico deve se prolongar diante das incertezas sobre os efeitos da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos contra a China.

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