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Ibovespa resiste a tombo em Wall Street e sobe com ajuda de Vale

18 jan 2022 - 18h59
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O principal índice brasileiro de ações teve leve alta nesta terça-feira, sustentado por ações de empresas de commodities e de bancos, resistindo à forte influência negativa de Wall Street em dia de alta dos títulos do governo dos Estados Unidos.

O Ibovespa subiu 0,28%, para 106.667,66 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 25,8 bilhões de reais.

Por aqui, o dia foi de mobilização de algumas categorias de servidores públicos federais por reajustes salariais. O vice-presidente Hamilton Mourão, entretanto, afirmou que não há espaço no Orçamento para a concessão dos aumentos.

O gatilho dos movimentos foi a autorização do governo para reajustar salários de categorias policiais, gerando insatisfação em outras carreiras. Segundo Mourão, nem mesmo o reajuste para os trabalhadores da área de segurança pública está garantido.

Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença, disse que o mercado mantém a questão dos servidores no radar e que o cenário pode piorar caso o reajuste para algumas categorias policiais realmente saia do papel. Ele também destacou o suporte das ações de empresas de commodites para o Ibovespa na sessão.

Em Wall Street, os três principais índices recuaram forte. O Nasdaq caiu 2,6%, puxado pelas ações de empresas de tecnologia, dado o avanço nos rendimentos dos títulos do governo norte-americano. Papéis de bancos também caíram, puxados por Goldman Sachs, que divulgou lucro abaixo do esperado.

Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos alcançaram o pico desde janeiro de 2020, enquanto os de títulos de dois anos subiram acima de 1% pela primeira vez desde fevereiro passado. O movimento foi puxado por expectativa de um banco central norte-americano mais agressivo contra a inflação.

O Federal Reserve se reúne na semana que vem para decisão de política monetária, em que não deve subir juros, mas pode indicar uma alta para março.

O índice europeu STOXX 600 fechou em queda de 1%, acompanhando clima de aversão ao risco.

DESTAQUES

- VALE ON subiu 2,45%. Siderúrgicas também tiveram fortes ganhos, com GERDAU PN avançando 3,4% e CSN subindo 2,6%. Os futuros do minério de ferro em Dalian fecharem em alta de 1,1%.

- PETROBRAS PN avançou 0,44%, enquanto PETRORIO ON disparou 4,8%, após petróleo atingir maior patamar em sete anos, diante de potencial disrupção na oferta. Ataques do grupo Houthi, do Iêmen, aos Emirados Árabes Unidos, se juntaram a perspectivas de um mercado já apertado.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,6%, BRADESCO PN ganhou 1,8%, BANCO DO BRASIL teve alta de 0,9%, enquanto BTG PACTUAL UNIT caiu 4,3% e SANTANDER BRASIL UNIT recuou 0,7%.

- INTER UNIT desabou 10,4% e LOCAWEB ON derreteu 10,6%, acompanhando sessão dos papéis ligados ao setor de tecnologia no exterior.

- BRF ON recuou 5,8%, interrompendo quatro sessões de alta. Na véspera, acionistas da companhia aprovaram aumento de capital via follow-on.

- EQUATORIAL ON caiu 2%, após companhia confirmar notícias anteriores de que avalia um follow on. A empresa reforçou, porém, que até o momento não definiu sobre a oferta.

- MRV ON caiu 2,2%, após divulgar que seus lançamentos subiram 52,4% no quarto trimestre ante mesmo período de 2020, dado principalmente o desempenho da AHS, unidade do grupo nos Estados Unidos, e as vendas cresceram 18% ano a ano. Mas a empresa apurou consumo de caixa no período.

- COGNA ON avançou 3,7% e YDUQS ON subiu 2,9%. No caso de Cogna, a gestora Alaska elevou fatia na companhia para 15,2%, segundo comunicado divulgado na véspera.

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