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Ibovespa fecha em queda com Vale e cautela antes de Powell

5 mar 2024 - 18h09
(atualizado às 18h27)
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O Ibovespa fechou com uma queda modesta nesta terça-feira, pressionado particularmente pelas ações da Vale, com agentes financeiros na expectativa por fala do chair do Federal Reserve a um comitê do Congresso norte-americano na quarta-feira.

O noticiário corporativo também movimentou a bolsa paulista, com resultado trimestral da Vibra e oferta de ações do GPA, além de "upgrade" para as ações da Cogna e ruídos envolvendo Azul e Gol.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,19%, a 128.098,11 pontos. Na máxima do dia, chegou a 128.989,02 pontos. Na mínima, a 127.823,31 pontos.

O volume financeiro somou 20,5 bilhões de reais.

Jerome Powell fará seu testemunho semestral ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados na quinta-feira, que deve centralizar o foco das atenções de um mercado ansioso por sinais sobre quando o Fed começará a reduzir os juros.

De acordo com o sócio e especialista da Blue3 Investimentos Leonardo Neves, a expectativa é de que Powell traga mais pistas sobre a estratégia monetário do banco central norte-americano, o que "direcionará as perspectivas econômicas dos EUA".

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 1,02%, em meio a uma nova bateria de dados econômicos, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,1389%, de 4,219% na véspera.

A China corroborou com o viés mais negativo, após o governo estabelecer uma meta de crescimento econômico para 2024 de cerca de 5%, perto da expansão de 5,2% de 2023, enquanto dados mostraram que a atividade de serviços perdeu força em fevereiro.

"Sob o olhar da análise gráfica, o cenário é que se o Ibovespa não prosperou como deveria, também não desconfigurou para baixo", avaliaram analistas do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista nesta terça-feira.

Por ora, eles afirmaram que o índice precisa renovar a máxima da semana anterior (131.700 pontos) para abrir caminho em direção à máxima de dezembro, em 134.400 pontos. Do lado da baixa, a região de 126.400 pontos é o sinal de alerta.

DESTAQUES

- VALE ON fechou negociada em baixa de 1,32%, a 65,85 reais, em meio a um desempenho misto dos futuros do minério de ferro na Ásia, com metas econômicas da China, o que pesava também em outras ações do setor de mineração e siderurgia na B3. No caso específico da Vale, o papel também segue pressionado por ruídos envolvendo eventuais mudanças no comando da mineradora. O BTG Pactual cortou a recomendação da ação para "neutra".

- VIBRA ON recuou 5,50%, a 25,10 reais, em meio à repercussão do balanço do quarto trimestre do ano passado, quando a distribuidora de combustíveis registrou lucro líquido de 3,3 bilhões de reais, superior ao resultado de 566 milhões no mesmo período de 2022. A companhia disse que buscará recuperar participação no mercado de combustíveis aos poucos.

- COGNA ON avançou 5,43%, a 2,72 reais, favorecida por relatório de analistas da XP elevando a recomendação dos papéis a "compra" e o preço-alvo a 4,2 reais, avaliando que setor de educação parece estar caminhando para outra temporada positiva de captações de alunos, enquanto a alavancagem da empresa, que era uma preocupação, pode ser menor do que calculavam.

- HAPVIDA ON valorizou-se 4,17%, a 3,75 reais, recuperando-se da perda de mais de 3% da véspera. Analistas chamando a atenção para dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostrando adições líquidas de novos beneficiários pela Hapvida, com crescimento nas duas verticais da empresa.

- AZUL PN subiu 3,87%, a 12,36 reais, em meio a uma reportagem da Bloomberg de que a companhia está trabalhando com Citigroup e Guggenheim Partners em uma oferta potencial pela Gol. A B3 pediu esclarecimento à Azul. GOL PN, que não faz mais parte do Ibovespa, encerrou com elevação de 2,78%, a 2,59 reais.

- BRASKEM PNA caiu 4,74%, a 21,09 reais, em sessão de ajustes, após três altas seguidas, período em que acumulou uma elevação de mais de 7%.

- GPA ON perdeu 4,17%, a 3,45 reais, após anunciar oferta primária de ações que pode alcançar em torno de 1 bilhão de reais considerando o preço de fechamento da véspera. Na mínima, mais cedo, chegou a cair a 3,38 reais. O varejista já havia sinalizado planos para o follow-on. E as ações já tinham recuado nas últimas três sessões, acumulando no período uma perda de 18,4%. O GPA espera precificar a oferta em 13 de março.

- CVC BRASIL ON subiu 5,39%, a 3,52 reais, tendo como pano de fundo decisão do governo de apresentar ao Congresso Nacional, em regime de urgência, um projeto de lei que tratará do programa Perse, criado na pandemia para apoiar com benefícios tributários os setores de eventos e de restaurantes, entre outros.

- PETROBRAS PN recuou 0,30%, a 39,96 reais, fracassando mais uma vez em tentar uma recuperação após um declínio de mais de 4% na semana passada e um começo de semana fraco (-0,25%) no fechamento da véspera). Na máxima do dia, a ação chegou a 40,37 reais, em alta de 0,72%. No exterior, o contrato de petróleo Brent encerrou a sessão negociado em baixa 0,92%, a 82,04 dólares o barril.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,09%, a 33,78 reais, enquanto BRADESCO PN subia 0,51%, a 13,72 reais.

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