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FMI prevê crescimento menor do PIB do Brasil, a 2%, e mantém projeção de alta de 5,5% para Argentina

Brasil deve crescer bem abaixo dos seus pares emergentes e em desenvolvimento, que tendem a acelerar o passo e avançar 3,7%; Argentina é citada como exemplo devido às reformas

22 abr 2025 - 10h47
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WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou suas projeções para o crescimento do Brasil neste e no próximo ano, antevendo o efeito das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na economia global. O organismo espera que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avance 2,0% em 2025 e não mais 2,2% como previu em janeiro último. Trata-se de uma desaceleração ainda mais intensa em relação a 2024, quando o País cresceu 3,4%.

Nesse ritmo, o Brasil deve crescer bem abaixo dos seus pares emergentes e em desenvolvimento, que tendem a acelerar o passo e avançar 3,7% neste ano, conforme o FMI. No entanto, o País tende a se expandir acima das economias avançadas, cuja projeção é de alta de 1,4% em 2025, e em linha com a América Latina e Caribe, cuja estimativa é de avanço 2%.

As novas projeções constam do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira, 22, às margens das reuniões de Primavera do fundo, que acontecem nesta semana, em Washington, nos EUA.

O FMI também está menos otimista com a expectativa de crescimento do Brasil em 2026. O organismo espera que a atividade doméstica mantenha o ritmo de expansão de 2,0% no próximo ano, e não de 2,2% como estimava inicialmente.

O Brasil ficou no grupo dos países menos afetados pelo tarifaço de Trump, com uma alíquota de apenas 10%. No entanto, economistas têm alertado para os efeitos de um mundo mais adverso no PIB local.

Por sua vez, a inflação no Brasil deve se agravar mais. O FMI espera que o índice de preços ao consumidor (IPCA) alcance 5,3% neste ano contra 4,4% em 2024. Já para 2025, o Fundo vê o indicador retrocedendo a 4,3%.

Em um cenário de menor crescimento e maior inflação, o desemprego no Brasil deve aumentar, alerta o organismo, com sede em Washington, nos EUA. O FMI vê o indicador em 7,2% neste ano e 7,3% no próximo. Em 2024, o índice de desemprego no Brasil era de 6,9%.

Argentina

O FMI manteve suas projeções econômicas intactas para a Argentina nos próximos anos, a despeito de um novo acordo com o governo de Javier Milei. O organismo espera que o País cresça 5,5% em 2025 e 4,6% em 2026. No ano passado, a economia da Argentina encolheu 1,7%.

Já a inflação argentina deve ir a 35,9% neste ano, após bater 219,9% no exercício passado, conforme o FMI. Para 2026, o fundo espera que o índice de preços ao consumidor argentino retroceda para 14,5%.

Ao antecipar revisões nas projeções econômicas do fundo, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, mencionou a Argentina como exemplo entre países que estão se adaptando aos novos fundamentos, políticas e condições econômicas globais.

"É o caso da Argentina, que está se movendo com reformas disciplinadas, colocando as condições financeiras na linha", disse ela, em discurso, na semana passada. "Mas claro que isso dependerá dos efeitos das tensões globais", pontuou, na ocasião.

No começo do mês, o FMI anunciou um novo socorro à Argentina, no valor de US$ 20 bilhões e duração de 48 meses, após uma greve geral que paralisou o país e antes da visita do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. Trata-se do 23º acordo do com o organismo, com sede em Washington, nos EUA.

O novo socorro permitiu o fim dos controles cambiais na Argentina. O mercado cambial local passou a operar entre bandas de 1,0 mil a 1,4 mil pesos argentinos, com ajustes de cerca de 1% por mês.

Estadão
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