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7 estratégias para começar 2026 com as contas no azul

Especialistas apontam caminhos para reorganizar o orçamento usando tecnologia, leis de proteção ao consumidor e ferramentas digitais

29 dez 2025 - 06h24
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Resumo
Especialistas sugerem estratégias como uso de tecnologia, educação financeira e leis de proteção ao consumidor para ajudar brasileiros a organizarem suas finanças e começarem 2026 no azul, apesar do alto índice de endividamento.
Foto: Freepik

O fim de ano é, tradicionalmente, um momento de balanço e, para muitos brasileiros, também a hora de encarar as contas. Entre metas, resoluções e desejos para 2026, uma delas costuma se repetir: começar o novo ano com as finanças em dia. 

Mas a tarefa não tem sido simples. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 79% das famílias brasileiras estão endividadas, e quase metade dos inadimplentes carrega dívidas há mais de 90 dias. Em média, um terço da renda familiar é destinado ao pagamento de débitos — um reflexo direto dos juros altos e da dificuldade de renegociação.  

Pesquisa realizada pela MindMiners reforça o cenário desafiador: 94% dos brasileiros perceberam aumento nos preços nos últimos meses, 82% sentem que seu poder de compra diminuiu e 57% têm algum tipo de dívida ativa. O levantamento revela ainda que 46% não possuem planejamento financeiro, e apenas 17% conseguem poupar regularmente. 

Diante desse panorama, especialistas mostram que reorganizar o orçamento e usar a tecnologia como aliada é um passo essencial para sair do vermelho e garantir mais tranquilidade financeira em 2026. Veja seguir algumas dicas:

1. Conheça (e use) a Lei do Superendividamento

Sancionada há quatro anos, a Lei do Superendividamento (Lei nº 14.181/21) permite que consumidores com dívidas em várias instituições renegociem todos os débitos de uma só vez, com condições mais justas e sustentáveis. Na prática, o consumidor pode solicitar auxílio em órgãos de defesa do consumidor, como Procons e Defensorias Públicas, que intermediam a negociação com todos os credores simultaneamente. O objetivo é garantir que a pessoa consiga pagar as dívidas sem comprometer o mínimo necessário para viver dignamente (alimentação, moradia, saúde).

"Desde a sua criação, a Lei do Superendividamento foi um marco na defesa do consumidor brasileiro, especialmente em um cenário de crescente oferta de crédito fácil e agressivo, associado a fatores como desemprego, inflação alta e perda do poder aquisitivo, que potencializaram a vulnerabilidade econômica das famílias", explica a advogada e especialista em defesa do consumidor Sabrina Matta Machado.

O principal obstáculo ainda é o acesso: muitos consumidores não conseguem reunir informações ou comprovar renda. É justamente aí que a tecnologia pode ajudar.

2. Adote aplicativos de gestão financeira

Aplicativos de gestão financeira gratuitos permitem que você registre todas as suas despesas e receitas em um só lugar. Ao categorizar os gastos (como alimentação, transporte, lazer), esses apps mostram exatamente para onde seu dinheiro está indo e ajudam a identificar despesas que podem ser cortadas. Muitos também oferecem recursos para criar orçamentos mensais, definir limites de gastos por categoria e estabelecer metas de economia. 

“A democratização dessas ferramentas significa que pessoas que antes dependiam exclusivamente de agências bancárias e consultorias caras agora têm acesso a soluções sofisticadas de gestão financeira por meio de aplicativos gratuitos ou de baixo custo”, reforça o especialista Gustavo Siuves. 

Existem diversas opções no mercado, tanto gratuitas quanto pagas, como Tutor, Mobills, Organizze e Minhas Economias. O importante é escolher uma ferramenta e usá-la com consistência, alimentando-a diariamente com seus gastos para ter uma visão real do orçamento.

3. Aproveite plataformas digitais de renegociação

Quem precisa renegociar dívidas pode usar plataformas online que conectam consumidores e credores de forma gratuita. O Serasa Limpa Nome, por exemplo, reúne ofertas de diversos bancos, operadoras e empresas em um só lugar. Basta fazer um cadastro, consultar suas dívidas e simular diferentes condições de pagamento. Muitas vezes, é possível conseguir descontos significativos ou parcelar em condições mais favoráveis.

Grandes bancos também disponibilizam canais digitais próprios onde é possível consultar débitos em aberto, simular parcelas e fechar acordos — tudo feito de forma online e segura. Vale a pena consultar regularmente essas plataformas, especialmente no fim do ano, quando muitas instituições oferecem condições especiais.

4. Use o Open Finance a seu favor

O salto mais significativo na reorganização financeira veio com o Open Finance, sistema que permite o compartilhamento seguro de informações financeiras entre diferentes instituições, com consentimento do usuário. Isso torna possível análises mais justas, ofertas sob medida e renegociações baseadas em dados reais.

"Essa tecnologia possibilita que consumidores superendividados tenham, pela primeira vez, um panorama completo de sua situação financeira em tempo real, facilitando negociações mais justas e sustentáveis com credores. Plataformas integradas conseguem medir a capacidade efetiva de quitação das dívidas, preservar o mínimo existencial e sugerir parcelamentos compatíveis com o orçamento", explica o especialista em finanças digitais  e CEO da Lina Open X, Alan Mareines.

O Open Finance já ultrapassou 62 milhões de consentimentos ativos no Brasil, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), um crescimento de 44% em um ano. Entre os principais benefícios estão o planejamento baseado em dados reais, identificação de oportunidades de economia, acesso facilitado a crédito saudável e menos burocracia.

5. Maximize o uso do Pix para controle de gastos

O Pix, que já registrou 290 milhões de transações em um único dia em setembro de 2025, pode ser um aliado no controle financeiro. Por ser instantâneo e transparente, permite acompanhar em tempo real as saídas de dinheiro.

"Estamos vivenciando a maior transformação do sistema financeiro brasileiro em décadas. O Pix democratizou os pagamentos instantâneos, as criptomoedas trouxeram uma nova classe de ativos digitais acessível a todos, e agora vemos essas fronteiras se expandindo globalmente", destaca o especialista em tecnologia financeira e CRO da Azify, Gustavo Siuves.

Segundo levantamento da MindMiners, cerca de 73% dos brasileiros afirmam que o Pix é o meio de pagamento mais utilizado no dia a dia. Use isso a seu favor: ao pagar tudo pelo Pix, você tem um histórico claro de gastos no extrato bancário, facilitando a análise do orçamento.

6. Explore carteiras digitais para organização

Carteiras digitais são aplicativos que funcionam como uma versão digital da sua carteira física. Nelas, você pode cadastrar cartões de crédito e débito, fazer pagamentos por aproximação no celular e transferências. Exemplos conhecidos são PicPay, Mercado Pago, Apple Pay e Google Pay.

De acordo com o Global Payments Report 2025 da Worldpay, 84% dos brasileiros já usam carteiras digitais — um índice que coloca o Brasil entre os países com maior adesão a essa tecnologia no mundo.

Além da praticidade, muitas dessas carteiras oferecem recursos de controle de gastos, cashback (dinheiro de volta em cada compra) e até separação automática de valores para diferentes objetivos. Isso ajuda a manter a disciplina financeira sem precisar de planilhas complexas.

7. Invista em educação financeira contínua

Mais do que ferramentas e leis, a mudança real vem com educação financeira. Ao acompanhar o comportamento financeiro de forma contínua, é possível detectar sinais de desequilíbrio antes que virem inadimplência e desenvolver hábitos mais saudáveis.

"Em um cenário de inflação persistente e orçamento apertado, o Open Finance oferece alívio para quem está endividado, mas também recoloca o consumidor no centro de suas decisões financeiras. Quando bem utilizada, a tecnologia pode ser o elo entre a legislação e sua aplicação real, transformando a dor da dívida em oportunidade de recomeço", analisa Alan Mareines.

Para Sabrina Matta Machado, a tecnologia potencializa os avanços da lei, mas ainda é necessário que consumidores, credores e o sistema judiciário atuem em conjunto: "A plena efetividade da lei depende de maior conscientização dos consumidores, participação responsável dos credores e uniformização de entendimentos pelos tribunais. Somente assim conseguiremos transformar o ciclo de superendividamento em oportunidade de recomeço para tantas famílias."

Recomeço é possível

O desafio de equilibrar as contas é coletivo, mas o primeiro passo é individual. A combinação entre educação financeira, tecnologia e planejamento é o que permitirá a mais brasileiros encerrar 2025 com estabilidade e começar 2026 no azul, com mais autonomia, consciência e segurança sobre o próprio dinheiro.

Com as ferramentas certas e informação de qualidade, 2026 pode ser o ano da virada financeira para milhões de brasileiros.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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