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Existe limite ético para contratar quem já está empregado?

Essa é a pergunta do dia.

16 mar 2022 - 01h00
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Foto: Slon Pics / Pixabay

Eu aprendi que toda vez que um artigo começa com uma pergunta, a resposta para ela é não!

Não existe. Sabe por quê?

Porque normalmente, quando você vai celebrar algum tipo de contrato de prestação de serviços, dependendo da natureza e do tempo, normalmente aparece uma cláusula que proíbe as partes de contratar alguém da outra empresa.

Ou seja, como eu sempre digo: se precisa constar em contrato, é porque não dá para contar com o bom senso e, de certa forma, a ética.

Ética? Bom, vamos lá...

Outro dia eu li que a única forma de se conseguir um aumento de salário substancial é trocando de empresa. Fiquei pensando a respeito e concluí que sim, faz todo o sentido.

E no final das contas, acho que está tudo bem. De verdade!

Existem dois tipos de sentimentos quando um movimento desse tipo ocorre e acho que todos são equivocados.

A empresa entende que "depois de tudo", o colaborador a deixou na mão.

E o colaborador, ao invés de estar simplesmente feliz com o novo emprego, o aumento e os benefícios adicionais, leva um certo rancor e mágoa por "não ter sido valorizado".

Acredito que isso seja falta de amadurecimento de ambas as partes.

No caso do colaborador, talvez falte um pouco daquilo que hoje em dia tem sido tão criticado quando é pedido a eles, que é "o olhar de dono". Existem diversas interpretações, mas cada um vai usar a que melhor lhe serve para justificar seu ponto de vista...

Mas o fato é que não ter esse tipo de olhar faz com que o colaborador sinta que o seu salário não condizia com o que ele merecia por capricho, mesquinhez ou outro tipo de sentimento maligno e inerente ao capitalismo entranhado "nos donos" da empresa.

Quando na verdade, mexer no salário de alguém, normalmente é uma tarefa complexa e que gera efeitos colaterais bem complicados.

Principalmente quando as regras não são muito claras e eu invejo o pessoal dos Recursos Humanos, que tentam fazer as paralelas não euclidianas das exatas e humanas se cruzarem naquilo que chamam de "Planos de Cargos e Salários".

Porque nem mesmo assim, as coisas ficam muito claras.

Do lado da empresa, entender que o colaborador tem direito de seguir o seu caminho e acima de tudo, ir para um lugar onde vai ganhar mais, é legítimo e já passou da hora de nos libertarmos da demonização do dinheiro e demais reflexos de uma culpa católica atávica e ancestral.

Na minha opinião, eu sou meio adepto do "poliamor corporativo" e acho que lealdade não tem nada a ver com participar de processos seletivos, ouvir propostas, receber mensagens no Linkedin e aceitar frilas (desde que não comprometam a entrega ou a performance onde te pagam o salário).

E do lado da empresa, acho que existe apenas uma atitude a ser evitada, quando o Colaborador aparece para comunicar que recebeu uma proposta para ganhar 40% mais ou algo do tipo: se oferecer para cobrir a proposta!

Porque quando ele chega para comunicar, já está tudo certo "do outro lado". E aí, podemos questionar se não teria sido mais ético avisar antes, ou sinalizar que estava participando de um processo seletivo ou algo do tipo.

Nesse caso, entendo que não. Se um líder de equipe não percebe isso, ele de certa forma é o causador disso.

E oferecer uma "contraproposta" é como diz o ditado americano: "one day later, one dollar short".

Portanto, se você não quer que outras empresas contratem seus talentos, descubra uma maneira eficiente de retê-los (que envolve, inclusive, pagamento condizente).

Agora, se você vive de contratar talentos desenvolvidos em outras empresas por ser incapaz de desenvolver, você mesmo, as pessoas para fazer o que você precisa, cuidado: como líder, uma hora irão descobrir essa falha grave em você! 

(*) Randall Neto é escritor, produtor de conteúdo e copywriter.

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