Encomendas de bens duráveis dos EUA aumentam em maio por aeronaves
As encomendas de bens duráveis manufaturados nos Estados Unidos aumentaram acentuadamente em maio, impulsionados por uma alta nas reservas de aeronaves comerciais, embora a incerteza econômica decorrente das tarifas de importação continue a ser uma restrição para os gastos das empresas com capital.
Os pedidos de bens duráveis, itens que variam de torradeiras a aeronaves destinadas a durar três anos ou mais, aumentaram 16,4% no mês passado, após um declínio revisado de 6,6% em abril, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 8,5% nos pedidos, depois de queda de 6,3% relatada anteriormente em abril.
Os pedidos de equipamentos de transporte aumentaram 48,3%, impulsionados por um aumento de 230,8% nos pedidos de aeronaves comerciais, que são extremamente voláteis. A Boeing informou em seu site que havia recebido 303 pedidos de aeronaves, incluindo 150 da Catar Airways, feitos durante a visita do presidente Donald Trump ao país em maio.
Isso em comparação com apenas oito pedidos em abril.
Fora do setor de transportes, os pedidos foram discretos. Economistas dizem que a política comercial de Trump, que muda com frequência, deixou as empresas no limbo, enquanto as tarifas já impostas aumentaram os custos para as empresas.
O Federal Reserve também está no modo "esperar para ver" enquanto as autoridades monitoram as consequências econômicas das tarifas. O chair do Fed, Jerome Powell, disse a parlamentares nesta semana que o banco central dos EUA precisa de mais tempo para avaliar se as tarifas aumentaram a inflação antes de considerar a redução dos juros.
Na semana passada, o Fed manteve sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50%, onde se encontra desde dezembro.
Os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, um indicador observado de perto dos planos de gastos das empresas, subiram 1,7% em maio, depois de uma queda revisada para cima de 1,4% em abril.