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Bolsonaro defenderá abertura econômica e democracia em Davos

Em um discurso de 45 minutos, presidente participa da abertura da 39ª edição do evento, que reúne a elite política e econômica global

22 jan 2019 - 08h38
(atualizado às 08h38)
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O presidente Jair Bolsonaro discursa, nesta terça-feira (22), pela primeira vez no exterior depois de eleito. Ele participa da abertura da 39ª edição do Fórum Econômico Mundial, que reúne a elite política e econômica global, em Davos, na Suíça. Em um discurso de 45 minutos, vai destacar a disposição do Brasil na abertura econômica, no combate à corrupção e no compromisso com a democracia.

Bolsonaro chegou nesta segunda (21) a Davos acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

"Queremos mostrar que o Brasil tomou medidas para que o mundo restabeleça confiança, que os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo, sem viés ideológico, que nós podemos ser um país bom para investimentos, e, em especial, para o agronegócio", disse ao chegar.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro durante almoço com o presidente da Argentina, Mauricio Macri
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro durante almoço com o presidente da Argentina, Mauricio Macri
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

Imagem externa

Bolsonaro quer mostrar ainda que a economia brasileira está se modernizando, com abertura comercial, segurança jurídica para os investidores externos e reformas estruturais.

Na noite desta terça-feira, o presidente tem jantar fechado com os presidentes da Colômbia, Iván Duque; do Equador, Lenín Moreno; do Peru, Martín Vizcarra; e da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada. Os cinco presidentes latino-americanos assistirão a uma apresentação do presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella.

Na quarta (23), está prevista a participação do presidente num almoço de trabalho sobre a globalização 4.0, que trata da quarta revolução industrial proporcionada pela tecnologia e é o tema do Fórum Econômico Mundial este ano.

Depois, a comitiva retorna a Zurique, de onde embarca de volta para Brasília, chegando à capital federal na manhã de quinta-feira (24).

Ministros

Os ministros terão agendas paralelas em Davos. Paulo Guedes tem previstas reuniões com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e encontros com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo; com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Roberto Moreno, e com o secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional, John Denton. O ministro da Economia também se encontrará com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin.

Guedes também pretende reunir-se com empresários das áreas de infraestrutura, logística, energia e tecnologia e representantes de fundos de investimentos e fundos soberanos. Nos encontros, o ministro informará que a equipe econômica trabalha numa agenda calcada em quatro pilares: reforma da Previdência, privatizações, reforma administrativa e abertura comercial.

Segundo o Ministério da Economia, Guedes informará que o Brasil pretende dobrar os investimentos (público e privados) em pesquisa, tecnologia e inovação, nos próximos quatro anos, e a corrente de comércio - soma de importações e exportações - de 22% para 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

A abertura comercial defendida por Guedes ocorreria de forma gradual, acompanhada de um programa de desburocratização e de redução de impostos para empresas. Essa diminuição de tributos seria financiada por privatizações e pelas reformas que reduzirão os gastos públicos nos próximos anos.

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