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Dólar cai e volta ao patamar de R$3,15 com maior alívio sobre juros nos EUA

13 out 2017 - 10h20
(atualizado às 10h26)
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O dólar recuava frente ao real nesta sexta-feira, de volta ao patamar de 3,15 reais e seguindo o mercado externo após divulgação de inflação dos Estados Unidos mais fraca do que o esperado em setembro, aliviando temores de que o banco central do país possa elevar os juros mais do que o esperado.

 10/9/2015  REUTERS/Ricardo Moraes
10/9/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 10:04, o dólar recuava 0,36 por cento, a 3,1587 reais na venda, já tendo chegado a 3,1546 reais na mínima do dia e a 3,1806 reais na máxima. O dólar futuro recuava cerca de 0,45 por cento.

"Os números de inflação eram a notícia mais importante do dia. Como veio mais baixa do que o esperado, e os EUA querem inflação um pouco mais alta, esses números podem gerar dúvidas no Fed sobre nova alta dos juros", afirmou o operador de câmbio na Advanced Corretora, Alessandro Faganello, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram 0,5 por cento em setembro, o maior avanço em oito meses, com os preços da gasolina subindo após as interrupções da produção relacionadas com os furacões, mas a inflação permaneceu fraca. Economistas ouvidos em pesquisa da Reuters esperavam avanço de 0,6 por cento no mês.

Com isso, o mercado ficou mais aliviado e reduziu temores de que o Fed poderia elevar mais do que o esperado os juros no país. Na quarta-feira, ao divulgar sua ata, o banco central dos EUA informou que vários de seus membros disseram que irão se concentrar nos dados de inflação nos próximos meses ao decidir sobre os juros no futuro.

O mercado precificava que o Fed elevará novamente os juros em dezembro, o que seria a terceira vez neste ano. Taxas mais altas tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

Após a divulgação dos dados de inflação, o dólar passou a recuar frente a uma cesta de moedas <.DXY> e ao euro também perdia terreno frente a divisas de países emergentes, como o peso chileno .

Internamente, a cena política continuava no radar dos investidores, à espera dos desdobramentos da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. Na próxima semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa deve votar o parecer do relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que sugeriu a rejeição da denúncia.

O dia também promete ser de baixo volume entre o feriado de Nossa Senhora Aparecida, na véspera, e o fim de semana.

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