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Ferramenta de IA promete ‘prever’ demissão voluntária

HR Tech lança ferramenta de Inteligência artificial que “prevê” pedidos de demissão de voluntária

26 mar 2023 - 01h00
(atualizado em 27/3/2023 às 17h41)
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Foto: Adobe Stock

Segundo levantamento realizado pela HRtech Pulses bt Gupy, em 2022 quase metade (48,39%) das saídas de funcionários nas empresas foram voluntárias, ou seja, foram os profissionais que optaram por deixar a companhia. O dado revela um problema real das empresas: a permanência dos talentos.  

Mas a tecnologia é uma aliada para prever e reduzir os impactos dessas saídas, segundo aponta Cesar Nanci, CEO da Pulses. Assim surgiram as novas funcionalidades na plataforma de gestão Pulses para ajudar os líderes no combate à saída voluntária.

Plataforma analisa motivos e dá sugestões

A partir dos dados semanais gerados pelos respondentes, a Pulses é capaz de prever o risco de saída voluntária, classificando em alto, médio ou baixo. Ela faz ainda uma análise sobre os motivos, dá dicas e sugestões de ações para que a liderança possa agir. Vale destacar que os formulários protegem o anonimato dos colaboradores e, ao mesmo tempo, ajudam os gestores a tomar ações imediatas.

“Esta funcionalidade de predição e diagnóstico da saída voluntária é um divisor de águas para os gestores, pois ajuda em um dos maiores custos da empresa: a perda de talentos. E, por custo, estamos indo muito além das perdas visíveis de uma reposição, mas tudo que se perde na saída de um talento: conhecimento, histórico, contexto, cultura, moral do time, resultados futuros e muito mais”, reforça Nanci.

O executivo destaca que as técnicas de People Analytics, incluindo aplicações de inteligência artificial, já são  utilizadas por quase 70% das grandes empresas, e geram retornos de até US$ 13 para cada US$ 1 investido. 

“O People Analytics, além de contribuir para a redução de custos e aumento de resultados, tem como objetivo principal a eficiência e a criação de um ambiente melhor para todas as pessoas da organização”, argumenta Nanci.

Causas da demissão voluntária

Com mais de 900 mil colaboradores cadastrados em sua plataforma, a Pulses consegue identificar os fatores que impactam a saída voluntária dos profissionais. Entre 2021 e 2022, houve um aumento dos pedidos de demissões por parte dos colaboradores, saindo de 10,22% em 2021 para 48,39% no ano seguinte. 

Dentre os fatores que impulsionaram o crescimento de saídas voluntárias estão o senso de realização; a identificação com a missão e com a história da empresa e as condições de trabalho, segundo a base de dados da Pulses.

“Para reduzir os riscos da saída voluntária é necessário atuar nos fatores que compõem o clima organizacional da empresa (ou da área), e ainda observar a estrutura em torno da qual a empresa é organizada (processos, regras, políticas). Com a metodologia de escuta contínua  mensuramos a percepção dos colaboradores sobre estes temas, e combinamos essas e outras informações para detectar quais são mais relevantes para a empresa, área ou grupos de colaboradores”, explica.

Cesar aponta que, em muitos casos, há falhas na clareza da comunicação, e isso impacta as percepções dos talentos, em outros são questões mais estruturais e difíceis de se atuar. 

“Ter conhecimento de quais são estes fatores é o primeiro passo para os gestores planejarem e atuarem intencionalmente nos temas corretos, em vez de tentar melhorar tudo ao mesmo tempo. Boas práticas de mercado são importantes para nos inspirar, mas não para tomar decisões internas. Decidir com apoio de dados é como analisar o DNA da organização e agir sobre aquilo que de fato importa e trará resultados” aponta Cesar Nanci.

Redação Dinheiro em Dia
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