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Derrubada de decreto do IOF vai exigir novos bloqueios e contingenciamentos, diz Gleisi

Ministra afirmou nas redes sociais que é 'hora de pensar primeiro no País'; Motta pautou votação de projeto, mas só avisou líderes de bancadas sobre a decisão após divulgar informação no X

25 jun 2025 - 11h02
(atualizado às 11h30)
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BRASÍLIA - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou, em publicação no X, na manhã desta quarta-feira, 25, a ofensiva da Câmara dos Deputados contra o decreto que aumentou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e disse que "é hora de pensar primeiro no País".

Apesar de não mencionar especificamente o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a publicação de Gleisi é uma resposta à decisão do deputado de pautar o projeto de decreto legislativo que derruba o ato de aumento do IOF.

"A derrubada dessa medida exigiria novos bloqueios e contingenciamentos no Orçamento, prejudicando programas sociais e investimentos importantes para o país, afetando inclusive a execução das emendas parlamentares. É hora de pensar primeiro no País, que precisa continuar crescendo e buscando justiça social e tributária", declarou.

Reunião no Palácio do Planalto tem participação da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann
Reunião no Palácio do Planalto tem participação da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Segundo Gleisi, o decreto do IOF "traz ajustes necessários para a execução do Orçamento de acordo com o arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso".

A ministra rebateu o argumento de parte do Congresso, que tem usado o discurso contra o aumento de impostos para se posicionar contra a medida da equipe econômica.

"Quando falam em aumento de imposto, é preciso lembrar que o IOF para cartões internacionais era de 6,38% em 2022 e está sendo fixado em 3,5% pelo decreto, depois de duas quedas consecutivas na alíquota. No diálogo com o Congresso, o governo retirou ajustes que incidiriam sobre outras operações", declarou.

Reunião

O governo chamou líderes da Câmara para discutir a decisão de Motta de incluir na pauta desta quarta, a derrubada do IOF, segundo pessoas a par do assunto. De acordo com aliados do governo, a reunião ocorre no Palácio do Planalto com a participação de Gleisi, do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), para discutir a articulação política para a votação.

Líderes da Câmara dizem ter sido pegos de surpresa com o aviso de Motta na rede social X, feito às 23h45 da terça-feira, 24.

Há líderes críticos à decisão de pautar a sustação em uma sessão semipresencial, mas, segundo avaliações à reportagem, há votos na Câmara para aprovar o projeto de decreto legislativo (PDL) que derruba o decreto do governo.

Aviso após anúncio no X

Motta só avisou líderes de bancadas sobre a decisão de pautar o projeto de decreto legislativo (PDL) por um grupo de Whatsapp e após divulgar a informação no X.

Segundo relatos, ele encaminhou ao grupo do colégio de líderes a postagem que publicou no X. Deputados ouvidos pela reportagem disseram ter sido pegos de surpresa, mas que parte dos líderes reagiu ao encaminhamento de Motta com um sinal de "positivo".

Posicionaram-se de forma contrária os líderes Lindbergh Farias (PT-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Pedro Campos (PSB-PE), segundo pessoas a par do assunto. Há críticas sobre a inclusão do PDL na pauta desta quarta ter ocorrido na ocasião de uma sessão semipresencial, que deve ser esvaziada devido ao São João. Na opinião de líderes, temas sensíveis como esse deveriam ser pautados em uma sessão presencial.

Por outro lado, líderes avaliam que há votos na Câmara para aprovar o PDL. Mesmo deputados contrários à sessão virtual dizem que votarão a favor. Neste momento, líderes dizem que estão consultando as suas bancadas para avaliar a temperatura para a votação.

Ainda não está claro, no entanto, se a sustação do decreto reativa o anterior, mais severo sobre o IOF. Governistas dizem que a derrubada restaura o decreto antigo, mas há deputados que argumentam que, uma vez anulado, o decreto não pode ser resgatado./Com Victor Ohana e Pepita Ortega

Estadão
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