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Demanda mais lenta em voos domésticos cria oportunidades para CVC, diz presidente

27 mar 2024 - 15h27
(atualizado às 16h06)
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A demanda por viagens aéreas dentro do Brasil desacelerou em fevereiro, um cenário que pode se repetir neste mês, o que cria oportunidades para a CVC na negociação com as transportadoras, afirmou o presidente da companhia de turismo, Fábio Godinho, nesta quarta-feira.

"A demanda está um pouco mais 'soft' que anos anteriores", disse Godinho, em teleconferência com analistas após a publicação na noite da véspera dos resultados do quarto trimestre da companhia.

"Em fevereiro teve queda de ocupação (das aeronaves) mesmo com malha mais restritiva e queda de yield (tarifas) sobre ano anterior, e provavelmente vai vir da mesma forma em março", acrescentou.

Segundo ele, o cenário, que inclui a recuperação judicial da Gol, abre "oportunidade importante" para as negociações da CVC junto às companhias aéreas que atuam no mercado doméstico para que a empresa possa ocupar os assentos vagos nas aeronaves, incluindo o fretamento de voos.

A expectativa do executivo é que o mercado aéreo doméstico cresça 5% este ano, com Azul e Latam adicionando voos e Gol mostrando retração, até diante do atraso no recebimento de aeronaves da Boeing. Na malha internacional, Godinho afirmou que a expectativa é de uma expansão de 14% a 15%.

A CVC estima abertura de cerca de 290 lojas este ano após abertura de 80 em 2023. Godinho afirmou que a empresa está conseguindo entrar em cidades menores do país atualmente, o que amplia o mercado potencial a ser atendido pela companhia.

As ações da CVC lideravam as perdas do Ibovespa às 15h47, exibindo queda de 6,5%, enquanto o índice mostrava alta de 0,4%.

O Itaú BBA considerou o resultado pela CVC no quarto trimestre como "decente", com a receita e o indicador de rentabilidade take rate melhores que o esperado, mas a lucratividade mais fraca que o previsto.

Na conferência, Godinho afirmou que a CVC tem expectativa de manter o take rate, que foi de 9,4% no quarto trimestre, nos próximos períodos enquanto segue mirando em rentabilidade.

A empresa terminou o ano passado com 1.054 lojas, após 26 fechamentos apenas no quarto trimestre. Godinho comentou que o ritmo de fechamentos deste ano deve ser menos intenso, ficando dentro da média histórica de 5 lojas encerradas por trimestre. "Das 290 (novas lojas), muito disso vai ser abertura líquida", disse o executivo.

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