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Cosan fecha aporte de R$ 10 bi de fundos do BTG e da Perfin

Grupo que faturou R$ 44 bi no ano passado vinha sofrendo com endividamento; Ometto continua como controlador e presidente do conselho

21 set 2025 - 19h19
(atualizado às 22h00)
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A holding e fundos do BTG Pactual e da empresa de investimentos Perfin irão fazer um aporte de R$ 10 bilhões na Cosan. Dona da Raízen, da Rumo Logística e da empresa de gás Compass, entre outros negócios, a Cosan vinha sofrendo com o alto endividamento. No fim do ano passado, a empresa tinha dívidas de R$ 23,5 bilhões e registrou prejuízo de R$ 9,4 bilhões, para uma receita anual de R$ 44 bilhões.

Após reestruturar diferentes negócios, o anúncio de hoje reduz o endividamento consideravelmente. A dívida líquida atual, de R$ 17,5 bilhões, cai para R$ 7,5 bilhões.

As negociações foram noticiadas pelo Estadão/Broadcast. "A operação tem como objetivo aprimorar a estrutura de capital, dando continuidade aos processos de desalavancagem, fortalecimento da governança e otimização contínua de custos", afirmou a empresa, em nota.

A Cosan atua nos setores de energia, óleo e gás e agronegócio
A Cosan atua nos setores de energia, óleo e gás e agronegócio
Foto: Divulgação/Cosan / Estadão

Os novos sócios, conhecidos por terem capacidade de investimento e "alinhados com o longo prazo", entram no negócio por meio de uma oferta primária de ações. O controlador, Rubens Ometto, permanece como sócio majoritário, com 50,01% de participação nas ações ordinárias, e mantém sua posição como presidente do conselho.

Já BTG e Perfin ingressam com participação combinada de 49,99%. Os três sócios firmaram acordo de acionistas e em conjunto passam a deter 55% do capital social da Cosan. Para Ometto, a transação "mostra nossa capacidade de se readaptar e a nossa preocupação com a perenidade do grupo."

"A Cosan tem um histórico de parcerias bem-sucedidas, que foram fundamentais para o seu crescimento ao longo do tempo", afirmou Ometto, em nota. "Estou certo de que este movimento vai reforçar essa trajetória. Ter o BTG e a Perfin como sócios me dá grande satisfação e a segurança de que estaremos bem-posicionados ao longo dos próximos anos para seguirmos investindo no desenvolvimento do país."

Pelo acordo, os controladores, os family offices Aguassanta e Queluz, ligados à família Ometto, e os veículos de investimento do BTG e da Perfin colocarão R$ 7,25 bilhões no negócio, a um preço por ação de R$ 5. Desse total, o BTG colocará R$ 4,5 bilhões, a Perfin aportará R$ 2 bilhões e a Aguassanta, R$ 750 milhões. Nessa oferta, metade das ações não poderá ser vendida por um período de 4 anos, entre outras condições.

Haverá ainda lote adicional de R$ 1,750 bilhão aos mesmos acionistas, cujo valor das ações será conhecido em 30 de outubro. Neste caso, metade dos papéis não poderá ser vendida por dois anos. Uma oferta de R$ 2,750 bilhões será feita, tendo como prioridade os demais acionistas da Cosan.

A empresa afirmou ainda que os recursos serão usados apenas "para renegociação e repagamento de suas dívidas financeiras, de forma a efetivamente reduzir a sua alavancagem financeira". Outras negociações envolvendo demais empresas da Cosan continuam.

"Estamos seguros da nossa decisão de capitalizar a companhia neste momento, o que nos dará condições de aliar desalavancagem com a retomada da trajetória de crescimento da Cosan", afirmou Marcelo Martins, CEO da Cosan, também em nota.

Estadão
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