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China tem o menor crescimento econômico em quase 30 anos

17 jan 2020 - 12h56
(atualizado às 14h20)
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Apesar de ritmo lento devido a disputas com os Estados Unidos e queda no consumo, economia do país asiático cresce 6% em 2019, pouco abaixo do registrado em 2018, e já mostra sinais de recuperação.A economia chinesa cresceu no ano passado no ritmo mais lento das quase últimas três décadas, afetada pelas disputas comerciais com os Estados Unidos e pelo fraco desempenho no consumo doméstico. Dados divulgados nesta sexta-feira (17/01) mostram, porém, que a segunda maior economia do mundo encerrou um ano difícil mais forte.

Queda nas exportações chinesas afetou crescimento da economia do país em 2019
Queda nas exportações chinesas afetou crescimento da economia do país em 2019
Foto: DW / Deutsche Welle

A trégua nas tensões comerciais entre Pequim e Washington reavivou a confiança do mercado e as medidas adotadas pelo governo para impulsionar a economia parecem surtir efeito.

Como já era esperado, o crescimento de 6,1% registrado no ano passado ficou abaixo dos 6,6% de 2018, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas da China. Apesar de robusta para os padrões globais, e ainda dentro das previsões do governo, esta foi a menor expansão registrada desde 1990 e marca três anos consecutivos de queda.

Apesar de a segunda maior economia do mundo perder fôlego gradualmente nos três primeiros trimestres de 2019, ela se manteve firme em 6% entre outubro e dezembro.

Os dados foram revelados poucos dias depois de o vice-premiê chinês, Liu He, e o presidente dos EUA, Donald Trump, assinarem a "fase 1" do aguardado acordo entre os dois países que estabelece uma trégua nas disputas comerciais que já duram dois anos.

O pacto prevê a redução de tarifas de importação por parte dos EUA sobre produtos chineses que equivalem a bilhões de dólares, apesar de manter ainda algumas barreiras sobre o equivalente a dois terços de mais de 500 bilhões de dólares em produtos.

Um relatório do Banco Mundial apontou que o enfraquecimento nas exportações chinesas acentuou o impacto da desaceleração da demanda doméstica. Incertezas na política econômica e tarifas altas nas exportações para os EUA afetaram também a atividade das indústrias e os sentimentos dos investidores.

Outros dados divulgados também nesta sexta-feira revelam que enquanto a produção industrial e as vendas no comércio desaceleravam ao longo de 2019, esses dois indicadores tiveram desempenho acima da média em dezembro, com uma tendência de aumento dos gastos dos consumidores.

O ano de 2020 é considerado crucial para as ambições do governo chinês de atingir seu objetivo de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) do país e os rendimentos ao longo da próxima década, transformando a China em uma nação "moderadamente próspera".

Analistas avaliam que para que essas metas de longo prazo sejam atingidas, a China dever manter o crescimento anula em torno dos 6%, ainda que algumas autoridades tenham alertado que neste ano a economia poderá enfrentar desafios ainda maiores do que em 2019.

RC/afp/rtr

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