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Bostic, do Fed, vê apenas uma elevação em juros dos EUA este ano

7 jan 2019 - 18h12
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O Federal Reserve poder ter que elevar apenas uma vez os juros em 2019, disse o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, nesta segunda-feira, focando no nervosismo dos executivos empresariais sobre a economia e uma desaceleração do crescimento global como fatores que podem deter o banco central dos EUA.

Presidente do Federal Reserve Bank of Atlanta, Raphael Bostic, durante evento em Atlanta 4/01/2019.  REUTERS/Christopher Aluka Berry
Presidente do Federal Reserve Bank of Atlanta, Raphael Bostic, durante evento em Atlanta 4/01/2019. REUTERS/Christopher Aluka Berry
Foto: Reuters

"Eu estou com um movimento para 2019", disse Bostic. Embora o crescimento econômico dos EUA tenha surpreendido positivamente em 2018, e levado o Fed a aumentar as taxas de juros quatro vezes, Bostic disse que seus contatos empresariais parecem estar menos confiantes sobre os próximos meses, enquanto "nuvens" se desenvolveram no exterior.

"As nuvens, o nervosismo, têm me levado para um lugar onde eu quero ter certeza de que nós não vamos agir tão agressivamente", disse Bostic durante evento no Rotary Club de Atlanta.

Bostic não é membro votante do Fed dos encontros de política monetária este ano. Mas seus comentários mostram como a combinação da recente queda no mercado acionário e dados fracos da economia da China e Europa começou a mudar o tom da conversa no banco central dos EUA.

Enquanto os dados norte-americanos permanecem fortes, o movimento de queda do mercado acionário, as dúvidas sobre o resultado das negociações comerciais entre EUA e China e outros fatores levaram as autoridades do Fed a indicarem que o banco central deve desacelerar o ritmo de aumento dos juros.

Na semana passada, o chairman Jerome Powell disse que o banco central seria "paciente" sobre suas avaliações do que fazer a seguir.

Particularmente à medida que a taxa de juros de curto prazo do Fed se aproxima do nível neutro, Bostic disse que o banco central precisa tomar cuidado para não ir longe demais e, inadvertidamente, apertar demais os mercados de crédito.

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