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Bolsas europeias sobem com otimismo sobre EUA e China, mas Brexit limita ganhos

29 mar 2019 - 08h11
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As bolsas europeias operam em alta nesta manhã, favorecidas por sinais de que Estados Unidos e China estão mais próximos de um acordo comercial. Os ganhos, porém, são limitados por incertezas em torno do Brexit, como é conhecido o processo para que o Reino Unido se retire da União Europeia. Mais tarde, a primeira-ministra britânica, Theresa May, vai submeter o acordo de Brexit fechado com a UE a votação pela terceira vez. Desde o começo do ano, os parlamentares britânicos rejeitaram duas propostas anteriores.

Funcionários de alto escalão dos governos dos EUA e China encerraram hoje em Pequim uma rodada de dois dias de discussões comerciais, numa tentativa de reverter a guerra tarifária em que as duas maiores economias do mundo estão envolvidas desde meados do ano passado. Na próxima semana, o diálogo irá se transferir para Washington.

Segundo a Bloomberg, negociadores dos dois lados discutiram minuciosamente o texto de um acordo comercial que possa ser submetido aos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping. A reunião dos últimos dois dias teria o objetivo de garantir que não houvesse discrepâncias nas versões do texto em inglês e mandarim.

Ontem, surgiram relatos também de que a China teria feito ofertas "sem precedentes" nas conversas com os EUA, inclusive para tratar o espinhoso assunto da transferência forçada de tecnologia, que está no cerne da atual disputa sino-americana.

A questão do Brexit, porém, restringe o ímpeto comprador nas bolsas europeias. Os indícios são de que o Parlamento britânico voltará a rejeitar hoje o acordo de divórcio selado entre May e a UE, ainda que a premiê tenha oferecido renunciar em troca da aprovação da proposta.

Entre indicadores europeus divulgados hoje, há mais notícias positivas do que negativas.

Na Alemanha, maior economia da zona do euro, as vendas no varejo tiveram uma inesperada alta de 0,9% em fevereiro ante janeiro. Analistas previam queda de 0,8% nas vendas. Já no Reino Unido, o avanço do Produto Interno Bruto no quarto trimestre de 2018 foi confirmado em 0,2% ante o anterior, mas o acréscimo anual no período foi ligeiramente revisado para cima, de 1,3% para 1,4%. Na Espanha, por outro lado, o PIB cresceu um pouco menos do que originalmente estimado: 0,6% no quarto trimestre ante o terceiro e 2,3% comparado a igual período do ano anterior.

Às 7h52 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,34%, a de Paris avançava 0,59% e a de Frankfurt se valorizava 0,42%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,48%, 0,57% e 0,22%, respectivamente. No mercado de câmbio, a libra subia a US$ 1,3084, de US$ 1,3057 no fim da tarde de ontem, após atingir mínima intraday de US$ 1,3002, mas o euro recuava levemente a US$ 1,1222, de US$ 1,1225 na véspera. Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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