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Apple: Um celular de US$1.000 vai produzir uma empresa de US$1 trilhão?

13 set 2017 - 13h49
(atualizado às 17h07)
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Avaliado em cerca de 830 bilhões de dólares, o valor de mercado da Apple no dia do lançamento de seu mais novo iPhone supera em muito o valor de seu próximo maior rival e Wall Street se pergunta: Será a primeira empresa listada a quebrar a marca Big T?

iPhones X em exposição durante evento de lançamento da Apple em Cupertino, Estados Unidos
12/09/2017 REUTERS/Stephen Lam
iPhones X em exposição durante evento de lançamento da Apple em Cupertino, Estados Unidos 12/09/2017 REUTERS/Stephen Lam
Foto: Reuters

Se a história ensina algo, o lançamento do iPhone X - edição de 10 anos de aniversário do dispositivo - sinaliza que o marco de 1 trilhão de dólares pode ser batido ainda este ano.

As ações da Apple, em média, subiram 33 por cento no ano seguinte a cada um dos eventos de lançamento de seus iPhones, desde o primeiro, em 9 de janeiro de 2007. O papel subiu no ano seguinte aos anúncios em sete dos dez casos e caiu em três.

Em seu nível atual, as ações da Apple precisam subir quase 20 por cento para atingir a primeira capitalização de mercado de 13 dígitos.

Alguns analistas dizem que a família real saudita estabeleceu o valor da gigante de petróleo saudita Aramco em 2 trilhões de dólares ou mais, mas não há registros públicos para confirmar isso até sua oferta pública inicial de ações no ano que vem.

Dos 38 analistas de Wall Street que cobrem a Apple, dois já tem preços-alvo para a ação que prevêem um valor de mercado da empresa acima do nível de 1 trilhão de dólares.

Brian White, da Drexel Hamilton, cujo preço-alvo de 208 dólares para a ação é o mais alto de Wall Street e equivale a um valor de mercado de 1,075 trilhão de dólares com o número atual de papéis em circulação, voltou do evento de terça-feira convencido de que a ação ainda pode subir mais.

"Nós continuamos a acreditar que o papel da Apple não apenas se beneficiará com o próximo ciclo de iPhones, mas também da iniciativa de distribuição de capital da companhia, avaliação atrativa e potencial para novas inovações", escreveu White em uma nota a clientes. "Sendo assim, não acreditamos que a corrida da Apple se encerrará hoje (terça-feira) com o evento do iPhone, mas ainda tem um atraente potencial de crescimento".

Katy Huberty, do Morgan Stanley, disse em nota a clientes após o evento de terça-feira que as ferramentas de realidade aumentada na nova linha de celulares da Apple "tem o potencial de se tornar o próximo aplicativo de grande sucesso que acelera as atualizações de smartphones e impulsiona a monetização e crescimento de serviços".

O atual preço-alvo da analista para a ação da Apple é 182 dólares, 13 por cento acima do preço de fechamento de terça-feira de 160,86 dólares, com valor de mercado de 940 bilhões de dólares, mas Huberty tem um preço-alvo altista de 253 dólares para a ação, ou um pouco mais de 1,3 trilhão de dólares, com o atual número de ações em circulação.

As ações da Apple subiram 52 por cento no último ano.

Desde que a Apple anunciou pela primeira vez a linha de produtos iPhone em janeiro de 2007, suas ações se subiram mais de 1.200 por cento e entregaram um retorno total, incluindo dividendos reinvestidos, de mais de 1.375 por cento. Seu retorno total anualizado de 28,7 por cento nesse período é quase três vezes maior do que o registrado pelo índice Nasdaq Composite e quase quatro vezes o do índice de referência S&P 500.

E, embora os quase 1.150 dólares cobrados pelo iPhone X de 256 gigabites possam parecer um preço exorbitante, não é mais caro - em relação ao preço das ações da Apple - do que o primeiro iPhone em 2007. A versão top de linha do iPhone da primeira geração, que custava 599 dólares, valia um pouco mais do que sete ações da Apple naquele momento, aproximadamente o mesmo que hoje em termos nominais.

A Apple dividiu suas ações em uma base de 7 para 1 há três anos. Ajustando para isso, uma ação pré-dividida de Apple valeria um iPhone X quase completo hoje.

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