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Alemanha condena quatro em escândalo do diesel da Volkswagen

26 mai 2025 - 07h07
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Dois ex-funcionários da montadora alemã são condenados à prisão, e dois outros recebem penas em liberdade condicional por adulterar emissões de carros, numa das maiores fraudes da história.A Justiça alemã condenou quatro ex-funcionários da montadora de automóveis Volkswagen por fraude nesta segunda-feira (26/05) devido ao envolvimento deles no escândalo de emissões de motores a diesel, quase uma década depois de autoridades dos Estados Unidos terem descoberto um software que manipulava as emissões em milhões de carros da empresa alemã.

O escândalo deu início a uma das maiores crises da história da Volkswagen, que já custou cerca de 33 bilhões de euros à empresa
O escândalo deu início a uma das maiores crises da história da Volkswagen, que já custou cerca de 33 bilhões de euros à empresa
Foto: DW / Deutsche Welle

Um tribunal na cidade de Braunschweig condenou dois dos quatro réus a prisão, e os outros dois receberam penas em liberdade condicional. Um ex-chefe de desenvolvimento de motores a diesel foi condenado a quatro anos e meio de prisão. Um ex-chefe de eletrônica de acionamento recebeu a pena de dois anos e sete meses de prisão. O réu de mais alto cargo, um ex-chefe de desenvolvimento, recebeu uma sentença de um ano e três meses em liberdade condicional, e um ex-chefe de departamento foi condenado a um ano e dez meses de liberdade condicional.

O veredito encerrou o julgamento que durou quase quatro anos. No entanto, os condenados podem recorrer da sentença.

Esse foi apenas um dos julgamentos do escândalo. Além do processo contra o ex-CEO da Volkswagen Martin Winterkorn, há mais quatro outros processos criminais contra um total de 31 réus abertos em Braunschweig, segundo o tribunal regional.

Além disso, os processos abertos contra nove réus foram arquivados após um acordo para o pagamento de multas. Já os processos contra outros 47 acusados foram interrompidos ainda durante a investigação em troca de multas e com o consentimento do tribunal regional.

E o CEO?

Winterkorn foi acusado pelo Ministério Público em 2019, junto com os quatro condenados desta segunda-feira, mas, mesmo antes de o julgamento começar, a parte relativa a ele no processo foi separada das demais por motivos de saúde.

A maioria dos envolvidos criticou duramente a ausência de Winterkorn, que já foi o líder empresarial mais bem pago da Alemanha, argumentando que ele é o personagem principal do escândalo.

Ao longo do julgamento, e para esclarecer a questão de quem sabia o quê sobre o programa secreto de manipulação de emissões da Volkswagen, os quatro réus acusaram uns aos outros e também a seu então chefe, Winterkorn.

Após anos sem grandes aparições públicas, Winterkorn foi interrogado como testemunha pelo tribunal de Braunschweig num outro julgamento do escândalo, no início de 2024, e negou responsabilidade.

Poucos meses depois, ele compareceu ao tribunal como réu. Ele novamente rejeitou as acusações contra ele e disse que sua carreira foi prejudicada pelo escândalo. Dias depois, ele se envolveu num acidente, o que interrompeu o julgamento recém-iniciado. Se e quando o processo irá ser retomado segue em aberto.

O escândalo

O caso remonta a setembro de 2015, quando autoridades nos Estados Unidos descobriram que a Volkswagen havia instalado um software em seus carros a diesel para fraudar os testes de emissões.

Depois de investigações das autoridades americanas, a Volkswagen reconheceu que equipou cerca de 11 milhões de carros em todo o mundo com software que enganava os testes de emissões de poluentes, incluindo automóveis das marcas Audi e Porsche. Deles, 2,4 milhões foram vendidos na Alemanha. O programa identificava quando o veículo estava em teste e reduzia as emissões do motor.

A montadora sediada em Wolfsburg admitiu a fraude, e poucos dias depois Winterkorn renunciou ao cargo. O escândalo deu início a uma das maiores crises da história da Volkswagen, que já custou cerca de 33 bilhões de euros à empresa, segundo ela mesma. A VW pagou uma multa de 1 bilhão de dólares ao estado alemão da Baixa Saxônia, que é acionista da empresa, e indenizações para cerca de 250 mil compradores de veículos a diesel.

Em junho de 2023, na primeira sentença do caso, o ex-CEO da Audi Rupert Stadler foi condenado em Munique a um ano e nove meses de prisão em liberdade condicional por fraude e a pagar 1,1 milhão de euros. Apesar de um acordo inicial, os advogados de defesa entraram com um recurso.

as/cn (DPA, ARD)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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