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Ações da Bayer despencam após derrota em caso de US$2 bi sobre Roundup

14 mai 2019 - 19h06
(atualizado às 20h21)
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As ações da Bayer chegaram a recuar até 5% nesta terça-feira, depois de um casal da Califórnia receber decisão favorável em um caso de 2 bilhões de dólares, maior penalidade legal dos Estados Unidos, por alegações de que o herbicida Roundup foi responsável por causar câncer.

Herbicida Roundup, da Bayer 
27/11/2017
REUTERS/Yves Herman
Herbicida Roundup, da Bayer 27/11/2017 REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

Os valores das ações da empresa tiveram seu menor nível de fechamento em quase sete anos, ainda que a punição tenda a ser reduzida por conta de uma decisão da Suprema Corte norte-americana, que limita a proporção de indenizações compensatórias a 9:1.

O júri estabeleceu a punição total em 2 bilhões de dólares e acrescentou um pagamento compensatório de 55 milhões de dólares, concluindo que o Roundup --herbicida feito com glifosato-- foi desenvolvido de maneira defeituosa, e que a empresa falhou em alertar sobre o alegado risco de câncer.

As ações fecharam em baixa de cerca de 2%, a 55,33 euros.

A Bayer afirmou em comunicado na segunda-feira que estava decepcionada com o veredicto e que apelaria. Um porta-voz classificou a decisão do júri como "excessiva e injustificável".

Foi o terceiro veredicto consecutivo de um júri norte-americano relacionado ao herbicida da empresa, que a Bayer adquiriu como parte de sua compra de 63 bilhões de dólares da Monsanto no ano passado.

Herbicidas à base de glifosato são amplamente utilizados no Brasil, especialmente em lavouras transgênicas.

A agência de proteção ambiental dos EUA reafirmou neste mês que o glifosato é seguro. A agência de químicos da Europa e outros reguladores no mundo também já disseram que o pesticida provavelmente não é cancerígeno.

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