Os funcionários do Banespa, reunidos ontem em assembléia nacional em São Paulo, decidiram, além de entrar com ações na Justiça a partir de hoje, organizar manifestações no interior do Estado. No terreno jurídico, o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, João Vaccari Neto, faz segredo da estratégia e afirma que "os juízes das varas onde correm processos contra a privatização têm sofrido uma pressão cavalar do governo para adiar qualquer decisão para depois do dia 20".
Portanto, diz ele, a "estratégia tem de ser sigilosa".
No terreno político, os funcionários do Banespa pretendem atrair vereadores e a população de cidades do interior para o que chamam de "grande mobilização cívica" marcada para o dia 20. Lideranças sindicais garantem que o movimento já conta com importantes apoios. Rogério Bobis, diretor do sindicato na região de Carapicuíba, responsável por 16 agências em cinco cidades vizinhas, diz que a bancada do próprio partido do governo, o PSDB, nas câmaras municipais e prefeitos eleitos assinaram cartas de apoio ao movimento. "No interior, por causa do crédito agrícola, o banco tem ligação muito forte com a população", garantiu.
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