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Dúvidas afastaram estrangeiros do leilão do Banespa

Quarta, 15 de novembro de 2000, 22h53min
A decisão dos bancos estrangeiros de desistir de participar do leilão de privatização do Banespa, se e quando a Justiça permitir que ele ocorra, deve-se, em grande parte, às dúvidas que existem sobre custos ocultos dos fundos de pensão dos ex-funcionários.

A avaliação é de Antonio Klapka, analista do setor de bancos do ABN Amro Securities, em São Paulo. "Os padrões de contabilidade dos Estados Unidos e da Europa impõem um tratamento mais conservador do que o Brasil a fundos de pensão patrocinados por uma empresa como o Banespa", explicou Klapka.

"Há uma percepção de que as obrigações eventuais futuras ainda não financiadas, ou seja, o buraco que pode haver em fundos como o Banesprev, poderão gerar problemas que tornariam o banco um investimento menos atraente para um banco americano ou europeu" disse ele. "Há, além disso, uma provisão para cobrir a aposentadoria dos funcionários contratados antes de maio de 1975, data a partir da qual todos os novos funcionários passaram a contribuir para o fundo de pensão".

Segundo Klapka, um banco estrangeiro que comprasse o Banespa teria de registrar um passivo muito grande em seu balanço e a contrapartida disso no resultado, por causa das práticas normais de contabilidade de seus países-sede. "Poderia ser um número muito grande, pois há quem estime em algo entre um e dois bilhões o buraco dos fundos de aposentadoria de funcionários do Banespa", explicou.

"As projeções do rendimento do capital a ser investido no Banespa é incompatível com os padrões de operação internacional do Citigroup", informou o Citibank, na terça-feira, referindo-se à sua empresa controladora. Além do Citibank, também se desinteressaram pelo Banespa esta semana o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria e o Bank-Boston , que não eram tidos como competidores fortes do leilão de privatização do bancos estatal paulista.

Para Klapka, outro fator que provavelmente pesou na decisão desses bancos é sua falta de apetite para enfrentar a reação do sindicato dos bancários à inevitável redução de pessoal que terá de ser feita no Banespa, independentemente na nacionalidade do comprador. "Diante das dúvidas que já existem sobre o retorno do investimento, esses bancos talvez tenham calculado que a resistência à nova administração representa um custo adicional que os bancos estrangeiro não parecem dispostos a pagar".
Agência Estado

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