O Banco Central e a Advocacia Geral da União (AGU) têm quatro dias para reverter a suspensão do leilão de privatização do Banespa, determinada pela 1ª Vara Federal de São Paulo. Para enfrentar a guerra de liminares, o governo montou aparato jurídico semelhante ao utilizado na época da privatização da Vale do Rio Doce. Além dos advogados do BC e da AGU, foram chamados os advogados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Todos estarão de plantão até segunda-feira no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, prontos para atuar junto à Justiça.
Na batalha judicial, o governo não detalha a sua estratégia. "O silêncio, no caso, é uma arma a nosso favor", disse um assessor jurídico. Ele disse que o governo conta com o aval do Tribunal de Contas da União (TCU), que hoje tem sessão extraordinária para avaliar a privatização do banco. A posição do TCU, segundo a fonte, derrubará de vez o argumento do Ministério Público, de que houve subavaliação no preço de venda.
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