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Terra elege os 10 piores momentos de 'Caminho'

11 set 2009 - 16h39
(atualizado às 16h53)
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Agora que todos os bons momentos dessa trama recordista de audiência foram louvados, é chegada a hora de ter o nosso momento "naja" e listar os 10 piores momentos de Caminho das Índias.

As dancinhas
Crise mundial, o preço do sári, um chai adocicado na conversa e, de repente, do absoluto nada, eis que surge uma dancinha no meio da sala e todos, pai, filho, avó, neta e papagaio (se houvesse um papagaio) começavam a fazer seus passinhos. O espírito de musical de Bollywood foi tão ostensivo durante parte da novela que dava até para tentar adivinhar exatamente em que momento os personagens iam sair de contexto para se alinhar na filinha feliz e dançante. O Casseta & Planeta, que sacou logo o elemento humorístico dessas estranhas inserções, fez várias piadas.

Dr. Castanho explica Yvone
Yvone fazia aquela cara de coitada, a cena ia se fechando e você já esperava ele, Dr. Castanho, entrar em foco. O psiquiatra serviu de nota de rodapé para as ações de Yvone durante toda a novela. Pausadamente, ele explicava quais as características de um psicopata. O elemento didático foi útil até certo ponto, porque depois do terceiro intertítulo do médico, as intenções de explicar que aquela vilã era sim uma psicopata ficaram não apenas óbvias como entediantes.

Louco fuso-horário
Marcar uma reunião por telefone, agendar um encontro no escritório, visitar a família. Nem as oito horas de fuso horário que separam o Brasil da Índia e muito menos toda a burocracia que envolve qualquer viagem internacional (além, é claro, do dinheiro que necessário para adquirir uma passagem dessas) chegaram a ser um empecilho para a licença poética de Glória Perez. A relação geográfica-temporal entre Brasil e Índia era equivalente à ponte aérea Rio-São Paulo. Ok, a teledramaturgia precisa adequar algumas situações para o bem do ritmo da trama, mas a inverosimilhança das cenas eram sempre motivos de piada.

A explosão do trem
Nas duas últimas semanas da trama, o roteiro precisou resolver vários conflitos ao mesmo tempo e, na angústia de fechar cada história, pediram ao pessoal dos efeitos especiais uma cena de um trem descarrilando para dar motivo à reconciliação entre Raj e Maya. O problema é que, pelo que se viu na TV, a equipe de efeitos especiais recebeu a encomenda no último minuto. A cena do acidente com o trem pareceu extremamente amadora. Aliás, não houve exatamente a cena de um vagão sendo descarrilado, mas sim uma explosão que, convenhamos, não convenceu ninguém.

Bahuan e Maya
Márcio Garcia saiu da Rede Record para ser o grande mocinho e galã da Globo. O problema foi que a química entre Bahuan, seu personagem, e Maya (Juliana Paes) era tão insípida que nem os apimentados condimentos indianos conseguiam dar calor ao casal.

Tristeza sem fim
Duda, Tônia e Camila chegaram a ficar de nariz vermelho de tanto chorar. Era um sofrimento sem fim e lágrimas que, juntas, podiam até transbordar o rio Ganges. As sequências dramáticas com as personagens serviram boa parte do tempo como a hora certa pra você pegar alguma coisa na geladeira.

Déjà vu
Bem antes de a novela começar, a equipe da Globo passou algumas semanas na Índia gravando todas as possíveis cenas de cenário que serviriam de interlúdio para uma cena e outra com personagens. O problema é que, a certa altura da novela, a falta de novas imagens e paisagens indianas deram uma sensação de que você estava tendo déjà vu: eram as mesmas ruas, os mesmos monumentos, os mesmos figurantes.

A única boate do mundo
Balada no Rio de Janeiro? Seja você indiano, brasileiro, zen ou mauricinho, só existe um lugar na Cidade Maravilhosa onde todos terminavam a noite. A boate carioca também não tinha problema em tocar qualquer gênero de música. Das batidas do house às músicas indianas, absolutamente tudo passava pelas picapes de um, digamos, eclético DJ da casa.

A Índia de uma família só
A autora da novela por diversas vezes se justificou afirmando que a trama mostrava apenas um ângulo da Índia. O problema foi que, mesmo entre vários indianos, foi consensual que a imagem da Índia mostrada da novela foi, no mínimo, reducionista. As famílias extremamente conservadoras e sempre abastadas de rúpias negligenciaram os elementos mais característicos da Índia: a extrema miséria de boa parte da população e, do outro lado, o avanço econômico no País, pólo internacional de tecnologia da informação. Isso sem contar a questão da divisão de castas que já há muito tempo não é tão rígida.

Game fora de tempo
É bem possível que Val tenha sido uma das últimas moicanas a brincar de Second Life. Sim, porque a secretária de Ramiro Cadore não poderia ter escolhido um game mais fora de tempo para jogar entre uma ligação e outra. Faria muito mais sentido se ela gastasse o dia jogando o atemporal e sempre muito popular Paciência no computador. A impressão era de que a novela estava tentando fazer um "link" entre a personagem e a "modernidade virtual". O problema é, no quesito modernidade, o Second Life já é um artigo pré-histórico.

Explosão de trem foi um dos piores momentos da novela
Explosão de trem foi um dos piores momentos da novela
Foto: Divulgação
Fonte: Redação Terra
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