Repórter da Globo especialista na violência no Rio teve marido assassinado com tiros de fuzil
Bette Lucchese está entre os jornalistas de TV com mais conhecimento sobre as engrenagens do crime na cidade
Quando há uma explosão de violência no Rio, a repórter Bette Lucchese é chamada ao estúdio da GloboNews para ajudar os apresentadores e o público a entender a situação.
Aconteceu em outubro de 2023, quando ela esteve no ‘Estúdio i’ ao lado de Andréia Sadi logo após o assassinato de três médicos na orla da Barra da Tijuca.
Voltou a ocorrer agora com a megaoperação contra o crime organizado em comunidades da cidade. No ‘Edição das 18h’, com Natura Nery, Bette comentou a crescente insegurança dos cariocas e o poder do crime. Pouco depois, apareceu em reportagem especial no ‘Jornal Nacional’.
A jornalista carrega a experiência de quem circula pelos pontos mais perigosos da capital fluminense para gravar matérias. Já cobriu centenas de mortes de policiais em serviço e cidadãos anônimos inocentes.
Além de sentir na pele o drama de perder um ente querido para a violência. Em maio de 2002, o marido dela, o comerciante e suplente de vereador Silvio Santos Gonçalves, foi morto com tiros de fuzil em Irajá, bairro da zona norte do Rio.
Conforme a coluna destacou na quarta-feira, dia 29 (veja texto em destaque), a cobertura da segurança pública pela TV carece de mais jornalistas especializados na pauta.
Bette Lucchese representa o profissional que domina a teoria e a prática do acompanhamento diário das ocorrências policiais, com autoridade para fazer análises consistentes e até sugestões às políticas governamentais.
Em 2014, a repórter e o produtor Mahomed Saigg receberam o ‘Prêmio Tim Lopes de Jornalismo’ por matérias sobre o Caso Amarildo, o pedreiro morador da Rocinha que foi morto e cujo corpo jamais apareceu.
Bette Lucchese trabalha na Globo desde a década de 1990. Começou em uma afiliada e, há 25 anos, está na emissora principal.