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Por que bandas emo eram vistas com descrença no Brasil, segundo Lucas Silveira (Fresno)

Em entrevista à Rolling Stone, vocalista faz uma análise de conjuntura do período em que o estilo viveu um boom no país, nos anos 2000

27 ago 2025 - 14h24
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Lucas Silveira, vocalista e guitarrista da Fresno
Lucas Silveira, vocalista e guitarrista da Fresno
Foto: Camila Cara / Rolling Stone Brasil

Prestes a se apresentar neste sábado, 30, em São Paulo na I Wanna Be Tour, turnê em formato de festival, a Fresno colhe os frutos de estar na estrada há mais de 25 anos. A banda irá tocar para um público estimado entre 40 e 50 mil pessoas no Allianz Parque, em posição de destaque no lineup do evento.

Antes, porém, o grupo concedeu entrevista a Igor Miranda, para a Rolling Stone Brasil. Dentre outros assuntos, o vocalista e guitarrista Lucas Silveira abordou a linha do tempo do emo, estilo que a banda representa desde sua fundação, em 1999.

Questionado sobre como o subgênero era visto na primeira década dos anos 2000 — período de maior fama —, Lucas admite que havia uma certa "descrença" e que os grupos, assim como a própria Fresno, não eram encarados com tanta seriedade. Aparentemente, um evento como a I Wanna Be Tour seria impensável naquela época, mesmo com a popularidade em alta.

Para ele, isso se explica pela quantidade de bandas que surgiram em um intervalo de tempo muito específico. Muitos não acompanharam o desenvolvimento artístico do movimento, que começou pequeno e depois se alastrou, ao contrário do que se imagina.

A banda Fresno -
A banda Fresno -
Foto: Camila Cornelsen / Rolling Stone Brasil

Lucas diz:

"Havia uma avalanche de bandas surgidas à revelia de grandes gravadoras. Nenhuma delas nasceu numa grande gravadora: todas elas, em algum momento, haviam estourado no underground e viraram algo muito grande por força do próprio trabalho. Porém, na época, por ter sido a primeira geração de bandas que surgiu para quem não estava acompanhando, foi 'do nada' e foi visto com muita descrença — a ponto de, na época, não terem tido eventos desse tamanho quando era ainda mais favorável. Com o dólar a R$ 1,70 em 2011, traríamos cinquenta bandas internacionais dessas aí e não dez."

Nostalgia? Não é só isso

A longevidade da Fresno e de outras atrações da I Wanna Be Tour, como as internacionais Fall Out Boy e Good Charlotte, além das brasileiras Gloria, Forfun e Dead Fish, mostram que a demanda pelo emo não é apenas questão de "revival", avalia Lucas.

Segundo o cantor e guitarrista, essas bandas foram importantes para um público específico, mas que tem se renovado e possibilitado um evento do porte da I Wanna Be Tour. Ele exalta a força do estilo:

"Não é qualquer coisa de muito sucesso em 2004 que vai encher o Allianz. Há algo muito forte ali. Enxergamos isso de outra forma porque atravessamos todo o momento em que esse revival não estava acontecendo. Atravessamos toda a fase da 'ressaca' da exposição e dos sucessos. Para nós é ainda mais valioso."

I Wanna Be Tour 2025

No último sábado, 23, a I Wanna Be Tour levou cerca de 20 mil pessoas a Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba. Neste sábado, 30, será a vez de São Paulo receber o evento.

As bandas serão divididas em dois palcos:

It's a Lifestyle Stage

11h - Fake Number

12h36 - Neck Deep

14h22 - The Maine

16h08 - The Veronicas

18h14 - Fresno

20h20 - Good Charlotte

It's Not a Phase Stage

11h48 - Gloria

13h29 - Story Of The Year

15h15 - Dead Fish

17h11 - Forfun

19h17 - Yellowcard

21h43 - Fall Out Boy

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