PUBLICIDADE

R. Kelly é condenado a 30 anos de prisão por crimes sexuais e tráfico humano

Cantor era considerado o 'rei do R&B' e ainda enfrenta acusações por produção de pornografia infantil

29 jun 2022 - 19h35
(atualizado às 19h46)
Compartilhar
Exibir comentários
R. Kelly em foto de 2019, quando foi preso após ser indiciado
R. Kelly em foto de 2019, quando foi preso após ser indiciado
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Nesta quarta-feira, 29, R. Kelly foi condenado a 30 anos de prisão por crimes sexuais e extorsão. Ele estava sob custódia desde julho de 2019, quando foi acusado de coagir menores a praticarem atos sexuais.

Em setembro de 2021, ele foi declarado culpado por violar oito normas da Lei Mann, que proíbe o tráfico humano nos Estados Unidos. A sentença final foi dada pela juíza Ann Donnelly nesta quarta na Corte Federal do Brooklyn, em Nova York.

Robert Sylvester Kelly, nome real do cantor, era considerado o "rei do R&B" e fez muito sucesso nos anos 1900 e 2000, em especial com a música I Believe I Can Fly. Durante a audiência, Donnelly afirmou que o músico usava o dinheiro e a fama para manter uma organização de tráfico sexual.

Segundo o The New York Times, vítimas dos crimes do cantor estiveram presentes no tribunal e relataram como sofreram abusos físicos e emocionais. As testemunhas se somaram a nove mulheres e dois homens que já haviam deposto em setembro.

A defesa de R. Kelly argumentava que uma sentença de "menos de dez anos" seria suficiente, mas a juíza seguiu a recomendação da promotoria, que pedia por pelo menos 25 anos de prisão.

O músico ainda vai enfrentar outro julgamento, marcado para acontecer em 15 de agosto na cidade de Chicago. Ele responde a outras acusações por coerção de menores e por produzir pornografia infantil.

Em 2008, ele já havia sido acusado do crime e enfrentado um tribunal no estado de Illinois. Agora, os promotores alegam que R. Kelly e dois de seus funcionários agiram ativamente para manipular o caso, subornando testemunhas e vítimas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade