Preta Gil quis trocar o nome, fez fortuna aos 27 anos e dirigiu 1º clipe de banda famosa
Cantora teve bem-sucedida carreira nos bastidores do audiovisual antes de se lançar como artista
Preta Gil viveu 50 anos intensos. Morreu cedo, mas deixou uma história rica de experiências e conquistas.
Sua trajetória possui também incontáveis curiosidades. Na infância, o bullying sofrido devido ao nome incomum a fez querer alterá-lo.
“Disse aos meus pais que eu queria mudar para Priscila, que era como se chamava uma amiga minha”, contou.
Carioca criada em Salvador, ela viveu a ascensão profissional em São Paulo, onde fez carreira na publicidade.
Conseguiu a independência financeira ao se tornar sócia da cineasta Monique Gardenberg na produtora Dueto. “Cheguei a comandar 80 funcionários”, lembrou numa entrevista.
Nessa época, surgiu o desejo de ser diretora. Foi assim que propôs dirigir o primeiro clipe da banda KLB.
O vídeo ajudou a música ‘A Dor Desse Amor’ (do refrão “Vida, devolva minhas fantasias / Meu sonho de viver a vida / Devolva-me o ar”) a ser um sucesso.
Aos 27 anos, Preta já tinha um patrimônio milionário. A autonomia foi fundamental para que investisse tempo e dinheiro no antigo sonho de ser cantora.
Montou uma banda, escolheu repertório e estreou na lendária casa de shows Mistura Fina, no Rio. Viveu os últimos 23 anos de vida dedicados à música.
Segundo o Ecad, escritório responsável por direitos autorais, Preta Gil deixou 12 composições e 271 gravações.
‘Sinais de Fogo’, do álbum ‘Prêt-à-Porter,’ foi a canção de maior êxito. Um trecho, hoje, ganha novo significado aos fãs: “Que distância vai guardar nossa saudade / Que lugar vou te encontrar de novo / Fazer sinais de fogo / Pra você me ver”.