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A festa de 'Party Down' volta após 13 anos, com a cara de 2023

Série cômica estrelada por Adam Scott, Jane Lynch e Megan Mulally traz seis novos episódios depois de seu cancelamento em 2010

31 mar 2023 - 17h33
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São várias as séries que terminam sem uma conclusão. Mas são poucas as que têm a chance de uma ressurreição, anos depois. É o que aconteceu com Party Down, que flopou em 2009 e 2010 e foi cancelada após a segunda temporada, mas agora volta para uma terceira no Lionsgate+. O último episódio entra na plataforma nesta sexta, 31, e todas as temporadas estão disponíveis.

"Nós conversamos frequentemente sobre um retorno desde então", disse Adam Scott (Ruptura, Parks & Recreation) em entrevista ao Estadão. Ele faz Henry Pollard, um ator fracassado que nas primeiras temporadas trabalhava em um serviço de bufês - algo comum em Hollywood. No grupo também estão Ronald Donald (Ken Marino), o gerente da equipe, o ator, modelo e músico Kyle Bradway (Ryan Hansen), o roteirista Roman DeBeers (Martin Starr) e a comediante Casey Klein (Lizzy Caplan). Todos lutando por uma vaga na competitiva indústria do entretenimento.

Com exceção de Caplan, todos estão de volta para a terceira temporada, que acrescenta Lucy (Zoë Chao), uma chef temperamental, e o jovem garçom Sackson (Tyrel Jackson Williams), que brilha nas redes sociais. Jane Lynch e Megan Mullally também retornam. James Marsden entra na série no papel do astro Jack Botty, e Jennifer Garner é sua namorada, a produtora de cinema Evie. "Sempre a admirei e jamais imaginei que ela toparia fazer nossa pequena série", disse Scott. "Foi uma maravilha trabalhar com ela."

Segundo John Enbom, um dos criadores da série junto com Rob Thomas, Dan Etheridge e Paul Rudd, a terceira temporada foi pensada lá atrás, quando estavam fazendo a segunda. Mas, com a audiência em baixa, a saída de Jane Lynch para Glee e uma mudança no comando do canal, Party Down foi cancelada. "Só que a gente nunca achou que tinha terminado, porque amávamos fazer a série", disse ele em entrevista ao Estadão. "Durante todos esses anos, o entusiasmo de todos para encontrar uma maneira de criar mais episódios foi uma constante nas nossas vidas. E finalmente deu certo agora."

O maior desafio foi afinar a agenda de todos, que, ao contrário de seus personagens, andam bastante ocupados. Adam Scott, por exemplo, fez sucesso recentemente com a primeira temporada de Ruptura, pelo qual concorreu ao Emmy. A ausência de Caplan se deve justamente à sua participação na série A Nova Vida de Toby. Por conta disso, a temporada é bem compacta, com apenas seis episódios - a janela de disponibilidade do elenco era de cerca de sete semanas. "Eu nunca imaginei que daria para reunir todo o mundo para dez episódios. Então fomos mais modestos para conseguir realizar", disse Enbom.

Na nova temporada, Henry vira professor do ensino médio, está casado, com filhos. Ron aspira assumir o negócio, mas continua atrapalhado como sempre. Kyle finalmente estrela seu primeiro blockbuster, só que é acusado de nazista por causa de um vídeo de sua banda. Constance (Jane Lynch) é agora uma herdeira e continua atuando, e Lydia (Megan Mullally) é a bem-sucedida empresária de sua filha atriz. Todos se reencontram em uma festa, mas, no final, a pandemia acontece, bagunçando a vida de todos. Toca para meses depois, quando Henry volta a trabalhar no bufê, agora está em dificuldades. "Nós queríamos fazer algo engraçado, mas com um subtom mais sombrio", disse Endom. "Porque há essa ideia bastante americana de 'nunca desista de seus sonhos' e 'se você trabalhar duro, vai chegar lá'. E a realidade é que nem sempre isso é verdade. E tem muita gente lutando por aí."

No fim das contas, para muitos dos personagens pouco mudou desde 2010, fiel ao que acontece com a maioria dos aspirantes a atores, diretores e roteiristas que costumam trabalhar em festas em Los Angeles. Mesmo Adam Scott, que tem uma carreira bastante sólida, disse que já passou muito perrengue. "Durante 15 anos eu trabalhei sem nenhum sucesso. E tem muito essa coisa em Hollywood de você estar ao lado das estrelas, seja servindo em uma festa ou como figurante em um filme. O sucesso parece estar logo ali, e no entanto você não consegue passar para o outro lado. É muito frustrante", contou. "E a verdade é que o medo fica com você para sempre. Toda vez que um trabalho termina, eu acho que nunca mais vou encontrar outro. Ou, assim que começo alguma coisa, acho que vou ser demitido."

Mas, em Hollywood, bastante coisa mudou. E a terceira temporada de Party Down é um espelho disso. O elenco está mais diversificado. "Nós sempre quisemos trazer novos atores que refletissem essa realidade e o mundo em que vivemos hoje", disse Enbom. Scott apontou as diferenças culturais que aconteceram nesses 13 anos. "Ter mais representatividade é bom", disse o ator. "As mudanças culturais que aconteceram nesse tempo foram, na maioria, positivas. Mas, realmente, 13 anos atrás eu jamais pensaria que os nazistas seriam algo atual e que precisaria ser abordado em uma comédia."

Estadão
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