'Paraísos Artificiais' deixa claro que cada um paga por suas escolhas
Sexo, drogas e amor. É este contexto que o diretor Marcos Prado (do premiado documentário Estamira) impõe no filme Paraísos Artificiais, que estreia no dia 4 de maio. Com Nathalia Dill, Lívia Bueno e Luca Bianchi no elenco, o longa apresenta uma trama envolvente com três jovens de classe média que se entregam ao universo da música eletrônica e têm seus destinos cruzados pelo tempo.
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Em Amsterdã, na Holanda, A DJ Érica (Dill) e o estudante Nando (Bianchi) se conhecem em uma badalada casa noturna. A partir daí, o espectador passa a conhecer a história do casal, que faz um triângulo com a amiga de Érica, Lara (Lívia), uma jovem deslocada que sente um amor incondicional pela parceira.
Marcos Prado tomou cuidado em contar a história desse triângulo amoroso, assim como em mostrar as cenas de sexo, que apesar de explícitas, estão longe de constranger.
O trio surpreende pela atuação, assim como César Cordeiro, que dá vida a Lipe - irmão mais novo de Nando - que consegue transformar seu personagem coadjuvante em destaque. Nathalia Dill encara sua primeira protagonista no cinema e apesar de estar muito bem, o público pode associa-la com suas expressões na TV.
A crítica negativa pode se referir as passagens de tempo e de um lugar para o outro, que pode confundir e fazer o espectador se perder no decorrer da história. Mas apesar de tratar do consumo e tráfico de drogas, o longa não é moralista, pelo contrário. "A gente é o que a gente sente", é uma das frases ditas.
Com um final alusivo, Paraísos Artificiais mostra que cada um tem o direito de fazer suas escolhas, porém lidarão com as consequências pelo resto da vida. É um filme que merece ser visto.