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Flow encanta com animação sem diálogos guiada pelo instinto animal

Indicada ao Oscar e vencedora do Globo de Ouro de Melhor Animação, novidade chega aos cinemas brasileiros a partir desta quinta-feira (20)

20 fev 2025 - 10h07
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Flow encanta com animação sem diálogos guiada pelo instinto animal; leia a crítica
Flow encanta com animação sem diálogos guiada pelo instinto animal; leia a crítica
Foto: Divulgação/Mares Filmes/Alpha Filmes / Rolling Stone Brasil

Tradicionalmente, animações são associadas ao público infantil, com personagens engraçadinhos, histórias simples e humor leve, criando um ambiente ideal para entreter e educar as crianças. A popularidade de filmes de animação da Disney consolidou essa ideia de que essas produções são um território exclusivo da infância. No entanto, com o passar do tempo, elas começaram a se diversificar, explorando temas e técnicas mais complexas, o que as tornaram atraentes também para os adultos.

Filmes como os do Studio Ghibli e até da Pixar costumam abordar tramas mais profundas, personagens com características mais desenvolvidas e temas que vão além da simples diversão infantil, como a importância da família, as questões existenciais ou o impacto da tecnologia no mundo atual, transformando as animações em uma forma de expressão artística que pode dialogar com diferentes faixas etárias.

Flow, animação da Letônia indicada ao Oscar 2025 em duas categorias — Melhor Animação e Melhor Filme Internacional —, subverte as expectativas do espectador ao focar na experiência sensorial e emocional, deixando de lado a estrutura narrativa convencional para criar uma obra envolvente que respira através de suas imagens e sons.

Dessa forma, o projeto do cineasta e animador letão Gints Zilbalodis pode envolver crianças e adultos com diferentes abordagens: aos pequenos, as belas imagens de animais interagindo em um mundo tomado por água; aos mais velhos, a carga dramática de observar aqueles bichos sobrevivendo por puro instinto.

Em vez de seguir o caminho usual de diálogos e exposições dramáticas, Flow conta uma história de sobrevivência e adaptação às adversidades onde a simplicidade das interações entre os personagens e o ambiente é o que gera maior profundidade.

A escolha de Zilbalodis por uma abordagem sem diálogos permite que a audiência  — de qualquer idade — mergulhe em uma reflexão sobre a vida, a natureza e as relações sem a necessidade de um enredo sobrecarregado de explicações — não sabemos o que aconteceu naquele mundo, assim como o protagonista da história.

A animação se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde a ausência de seres humanos é notável. Os animais não possuem consciência do que está acontecendo ao seu redor. São seres guiados pelo instinto, impulsionados pela necessidade de sobrevivência em um cenário hostil.

Isso cria uma atmosfera em que o caos e a beleza coexistem sem grandes explicações, desafiando a ideia de que os personagens precisam ter pensamentos complexos ou emoções antropomórficas para se conectar com o público. A sua simplicidade, especialmente a do gato, é tocante, por sua pureza e vulnerabilidade, algo que ressoa de maneira mais profunda do que os discursos emocionais habituais.

Em termos visuais, Flowusa cores vibrantes e traços fluidos para criar um mundo que parece estar em constante transformação, refletindo o próprio ciclo de adaptação que a história explora. O design dos cenários nos transporta para um espaço em que o tempo parece relativo, fluindo à medida que os personagens navegam por um ambiente imersivo e dinâmico.

A escolha do som e da trilha sonora também desempenha um papel crucial em Flow. Sem diálogos para guiar as emoções, a música se torna uma extensão das tensões e dos momentos de alívio da jornada dos personagens. Esse uso da música, que quase se torna uma personagem à parte, ajuda a intensificar a conexão emocional que o filme estabelece com o público.

O final de Flowé a culminação perfeita de uma jornada visual e emocional que começa com medo e solidão e termina com um entendimento mais profundo sobre a importância da união e da compaixão. Em suma, o filme nos oferece uma reflexão sobre os ciclos da vida e como, apesar das adversidades, a conexão genuína e a empatia têm o poder de transformar até as situações mais desafiadoras.

Especial de cinema da Rolling Stone Brasil

O cinema é tema do novo especial impresso da Rolling Stone Brasil. Em uma revista dedicada aos amantes da sétima arte, entrevistamos Francis Ford Coppola, que chega aos 85 anos em meio ao lançamento de seu novo filme, Megalópolis, empreitada ousada e milionária financiada por ele próprio.

Inabalável diante das reações controversas à novidade, que demorou cerca de 40 anos para sair do papel, o cineasta defende a ousadia de ser criativo da indústria do cinema e abre, em bom português, a influência do Brasil em seu novo filme: "Alegria".

O especial ainda traz conversas com Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello sobre Ainda Estou Aqui, um bate-papo sobre trilhas sonoras com o maestro João Carlos Martins, uma lista exclusiva com os 100 melhores filmes da história (50 nacionais, 50 internacionais), outra lista com as 101 maiores trilhas da história do cinema, um esquenta para o Oscar 2025 e o radar de lançamentos de Globoplay, Globo Filmes, O2 Play e O2 Filmes para os próximos meses.

O especial de cinema da Rolling Stone Brasil já está nas bancas de jornal, mas também pode ser comprado na loja da editora Perfil por R$ 29,90. Confira:

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