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CCXP 2025: muito além dos geeks, feira abraça o pop e prova o triunfo do 'Figital'

10 dez 2025 - 11h29
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Resumo
A CCXP 2025 consolidou-se como uma celebração abrangente da cultura pop e do conceito "FIGITAL", unindo experiências físicas e digitais, e destacando a importância da co-criação comunitária, enquanto atraiu marcas diversas e grandes nomes nacionais e internacionais.
Foto: Homework

Para onde vai a cultura pop? Onde encontraremos diversão, comunidade e paixão? Onde investiremos nosso tempo, dinheiro, afeto? Qual o futuro dos negócios de conteúdo - e lembremos que hoje todos os negócios são de conteúdo?

Uma resposta potente veio da CCXP 2025 e do Unlock, seu evento de negócios, que mostrou vocação para vida própria além de um encontro anual. Seria utilíssimo como plataforma permanente de discussão sobre as novas fronteiras da comunicação, do marketing e das propriedades intelectuais.

A direção de Eliana Russi e Gustavo Steinberg, líderes da Gamescom Latam, outro negócio da Omelete Company, reforçou o evento com mais horas de programação, mais diversidade e naturalmente mais atenção para games e B2B.

Para onde vamos? Já chegamos. 2025 decreta o triunfo d o FIGITAL, como vale rebatizar o termo que nasceu lá fora como “phygital”. É nesse sentido que as marcas estão tateando. E que os fãs já estão acelerando.

Foto: Homework

Um painel do Unlock em particular escancarou a potência do FIGITAL. Foi a revelação da pesquisa Geek Power, preciosa perspectiva produzida anualmente pela Omelete Company com a Go Gamers, do Sioux Group.

A Geek Power mostra highlights no Unlock, a pesquisa aprofundada é só para clientes. Alguns momentos chave estão em fotos abaixo.

Comecemos reconhecendo que a CCXP não é mais o grande encontro dos geeks. É a maior festa da cultura pop. 

Foto: Homework

Sua maior  atração internacional, Timothée Chalamet, veio promover filme em que é um jogador de ping-pong, não um super-herói ou messias alienígena.

A festa teve cover e Funkos das Guerreiras KPop. Shows do Fresno e uma homenagem ao Charlie Brown Jr. Um dos maiores e mais disputados estandes era da NBA. 

O grande homenageado foi Selton Mello, e outras estrelas brasileiras como Rodrigo Santoro, Deborah Secco, Bruna Marquezine e até Fernanda Montenegro pintaram por lá. 

Novelinhas verticais da TV Globo foram assunto. Carro de fórmula 1 tinha fila pra tirar foto. Os fãs atrás de autógrafos tinham oferta muito maior de influenciadores do que quadrinistas.

Foto: Homework

Pra ser mais ainda popular, faltou ampliar o conteúdo made in Korea, a grande vencedora do pop 2025, com os avassaladores KPop e K-Dramas. Mas não falta ambição à CCXP, que anunciou sua segunda expansão internacional: depois da Cidade do México, vem aí a CCXP em Seoul.

Importante dizer que o público original do evento não ficou desatendido. Estavam lá elencos de Fallout, Percy Jackson, Paradise, Star Trek, The Boys. Teve a presença de lendas dos gibis como J.M. DeMatteis, Gerry Conway, Chris Bachalo e o nosso Mike Deodato. 

Pululavam boneco e gibi e colecionável pra todos os bolsos. Chegaram fortes os games, com Nintendo, Capcom, Warner, Lenovo. E tinha o habitual show do próprio público que lota a São Paulo Expo, sempre grande parte da diversão.

Mas a CCXP aconteceu em 2025 sob o impacto de grandes mudanças estruturais na maneira como se cria, consome, compartilha, produz e vende conteúdo. 

 É a primeira CCXP depois que a IA chegou ao mainstream. Estamos nos afastando da web “aberta” e passando cada vez mais tempo em plataformas fechadas, sejam apps ou “cercadinhos” tipo Apple ou Google. Publicidade e jornalismo estão em modo terremoto.

A feira também aconteceu sob a sombra da compra da Warner pela Netflix (ou será a Paramount?), com potenciais efeitos cataclísmicos e uma previsível corrida por outras megafusões e aquisições. 

O que é o FIGITAL? Sabemos neste momento o que não é. Não se trata de truquinho marketeiro, gadgetização simplória, AI-Washing.

Não é só o digital nos convidando a degustar experiência física, coletiva, hormonal. Nem uma “boca de funil” física mediocremente atraindo a gente para a monetização online ou pras bases de dados das Big Brands ou Big Techs. 

Principalmente, não é uma ligeira correção de rota no negócio de comunicação e conteúdo. É uma transformação profunda, que já começou e vai acelerar até onde o horizonte permite perceber. 

Temos pela frente um cosmos: um espaço inexplorado, imprevisível gerado pelo big bang da combinação do físico com um Digital diferente do que tínhamos até agora.

Já nestes 2025 e 2026, o FIGITAL é palpável fomentando e potencializando comunidades de co-criação de conteúdo, de colaboração, curtição e até cooperação, no mais humano e positivo sentido da palavra. 

Essa realidade ficou claríssima na participação massiva na CCXP de marcas não-endêmicas. O enorme espaço da São Paulo Expo quase que tinha menos estandes geek/pop do que empresas "de fora". Com estandes sofisticados, projetados para experiências memoráveis - físicas e digitais. 

Nesta edição, as marcas patrocinadoras foram Banco do Brasil, Governo Federal, Claro, Google Gemini, Tiktok e Heineken 0.0. E estavam lá fortes Seara, Cup Noodles, Cielo, Fanta, Mentos e Honda - e o Terra , casa dos nossos conteúdos HERÓI e HOMEWORK .

O grande desafio para as marcas é fomentar suas próprias comunidades, solução para escapar da vala comum do markeging digital estilo pizzaria. Muitas vêm investindo em “universos proprietários”, oferecendo suas próprias experiências, festivais, conteúdos. Não é fácil para uma empresa enorme, que precisa delimitar claramente seus valores e mensagem, compartilhar co-criação com as pessoas lá fora.

Num certo sentido, iniciativas independentes têm mais facilidade, por terem mais liberdade. O FIGITAL floresce na mão dos fãs fazendo seus próprios memes e fanfics, seus próprios LOMO cards e camisetas, seus mini-encontros e fan fests, seus bonecos em impressoras 3D, seus podcasts e festas, seus bem-sucedidos projetos de financiamento coletivo.

Foto: Homework

É muito nessa abordagem comunitária e transparente que a gente na COMPASSO ajudou a emplacar dois projetos de sucesso em 2025: NINTENDISTAS, sob liderança de Pablo Miyazawa , e a volta da nossa revista HERÓI. 

Outros projetos FIGITAIS virão daqui. Já anunciamos lá na própria CCXP, no palco Blast, nossa próxima aventura: o Guia HERÓI dos Cavaleiros do Zodíaco, celebrando os 40 anos dos heróis que fizeram o anime explodir no Brasil. Temos duas vantagens: respeitamos os fãs desde 1995 - e somos nós mesmos fãs desde sempre.

No FIGITAL talvez apareçam caminhos para nos protegermos de haters, do ruído, da manipulação algorítmica. Pra construir coletivamente um cotidiano mais criativo e afetuoso, estimular conversas e colaborações valiosas. Chega de distopias entediantes!

High tech, high touch, high value; enfim um futuro que parece estimulante. Saberemos mais durante 2026 - e na CCXP e Unlock 2026. 

(*) André Forastieri é jornalista, empreendedor, Top Voice LinkedIn e fundador da plataforma Homework. Se você curtiu esse vídeo e quer receber conteúdos exclusivos, assine sua newsletter aqui, é grátis: andreforastieri.com.br

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