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São Paulo desobriga máscaras no transporte público; medida faz sentido?

Obrigatoriedade deixa de existir a partir desta sexta (9) no Estado de São Paulo; médico alerta para que população avalie o próprio risco

9 set 2022 - 13h55
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mascara, mascaras, covid
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Foto: Mika Baumeister/Unsplash

O Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo decidiram liberar a população do uso de máscaras de proteção facial nos meios de transporte coletivo a partir desta sexta-feira (9). A medida pode causar estranheza, pois a covid-19 ainda faz vítimas no Brasil — foram 99 novas mortes só na quinta-feira (8), segundo o consórcio de veículos de imprensa.

De acordo com as autoridades, o uso será opcional e passa a ser recomendado, com alerta especial, para os grupos considerados vulneráveis, como idosos a partir dos 60 anos de idade e pessoas imunossuprimidas.

A medida tem apoio na recomendação do parecer do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo (SCPDS). A justificativa é o atual cenário epidemiológico da covid-19, com recuo no número de casos, internações e mortes, o que permite flexibilizar a restrição. A decisão do governo também é embasada nas altas taxas de cobertura vacinal para a covid.

De acordo com uma pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apenas 16% dos brasileiros ainda fazem uso de máscaras em locais fechados e abertos para proteção contra a transmissão do SARS-CoV-2.

O que diz o especialista

Para Jamal Suleiman, médico infectologista do Hospital Emílio Ribas, a decisão quanto ao uso da máscara caberá a cada um, que deve avaliar a sua condição de vulnerabilidade antes de deixar de lado a proteção.

"É uma medida alinhada ao que vemos. Se não existe a obrigatoriedade de uso em estádios de futebol, shows e locais de aglomeração, não faz sentido exigir o uso em transportes. Porém, é preciso que cada um avalie a sua condição de risco à infecção grave da doença", pondera Suleiman.

Segundo o médico, a população vacinada e com as doses de reforço tem uma segurança maior contra a epidemia. Mas é importante lembrar que uma boa parcela da população não se vacinou ou não fez uso das doses de reforço. Por isso, esse último grupo deve manter atenção aos cuidados para não adoecer de forma grave e voltar a acelerar a curva de casos da covid.

"É possível que agora esse grupo perceba a importância de estar vacinado e aumentar sua proteção contra infecções graves", diz o médico.

Máscara ainda pode ser usada sem problemas

O especialista lembra que não ser obrigatório não quer dizer proibido. "Eu mesmo tenho todas as doses da vacina e continuo a usar a máscara em locais fechados e de grande circulação, como em mercados, pois não há meios para saber se quem circula por lá está vacinado ou contaminado."

De acordo com Suleiman, é fundamental reforçar a importância da vacinação como forma de prevenção e alertar a população para vacinar as crianças contra outras doenças que retormam ao cenário, como a poliomielite e o sarampo.

“As vacinas não podem ser desacreditadas”, conclui o infectologista.

Fonte: Redação Byte
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