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Surto de covid-19 leva China a testar peixes, caranguejos e outros animais vivos

Surtos de covid-19 em regiões costeiras levam China a fazer testagem em peixes e frutos do mar, já que a origem do vírus foi traçada para o mercado pesqueiro

19 ago 2022 - 10h42
(atualizado às 12h18)
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Na China, onde testagens PCR em massa do vírus da covid-19 estão sendo feitas por conta de aumento de casos, as mídias sociais viram um número crescente de vídeos mostrando peixes, caranguejos e outros animais sendo testados. A cidade mais proeminente é Xiamen, na costa do país, onde 40 casos foram detectados nesta semana e mais de 5 milhões de pessoas tiveram de ser testadas.

Foto: Ulrike Leone/ Pixabay / Canaltech

As testagens estão sendo realizadas de acordo com um aviso oficial, que incluiu formas de vida marinhas na onda de testes PCR. A responsabilidade é do comitê distrital de Controle de Pandemia Marítima de Jimei, que instruiu as autoridades a testar pescadores e produtos pescados mediante retorno das embarcações nos portos da região.

Por conta disso, redes sociais como a Douyin, versão chinesa local do TikTok, pipocaram de vídeos de testes em animais em meio ao surto recente de covid-19 em Xiamen. Peixes e caranguejos vivos são alguns, mas não todos os exemplos de não-humanos a passarem pelo PCR. E se você achou curioso, saiba que não é primeira vez que isso acontece.

Outros testes de covid-19 em animais

Um dos funcionários do Departamento Municipal de Desenvolvimento Oceânico de Xiamen relatou que o governo local aprendeu muito com a região de Hainan, que tem passado por um surto grave da doença e onde suspeitas da origem viral recaem sobre o comércio de frutos do mar e peixes — tanto entre pescadores locais quanto estrangeiros.

Em Hainan, também costeira, foram registrados mais de 10 mil casos desde o início do mês de agosto. No geral, a mídia chinesa revela preocupação de que a vida marinha tenha ligações com o SARS-CoV-2, já que o primeiro surto do vírus no país foi rastreado para um mercado de animais vivos e frutos do mar em Wuhan.

Segundo a ciência, é improvável que os seres marinhos hospedem o patógeno, mas como os surtos têm ligações com trabalhadores portuários, que lidam com produtos congelados ou com o mercado de pescados, é difícil desfazer essa impressão. Vale lembrar que outros animais, como felinos, caninos e mustelídeos podem contrair o SARS-CoV-2.

Em junho de 2020, em Pequim, o vírus foi detectado em tábuas de cortar salmão de origem estrangeira, levando à retirada do produto de mercados e interrupções na exportação.

Além dos peixes, imagens de cachorros, gatos, galinhas e pandas sendo testados já foram exibidas nas redes sociais, o que, segundo a mídia estatal chinesa, serve para garantir a segurança dos animais e dos visitantes dos locais onde vivem. Um dos registros mais famosos é o de um hipopótamo, publicado em maio, testado na reserva natural de Huzhou, a leste de Zhejiang. O animal, segundo informações, deve ser testado 2 vezes por semana.

Fonte: BBC

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