Pesquisadores criam rosto de Neandertal de 56 mil anos com "beleza" única
Imagem mostra um homem idoso com longos cabelos grisalhos e uma barba combinando
-1hrgh1f8tuesj.jpeg "Reconstrução foi feita pelo especialista gráfico brasileiro Cícecro Moraes")
Na vanguarda da arqueologia e da tecnologia moderna, pesquisadores desvendaram uma nova perspectiva sobre os Neandertais, desafiando as produções artísticas estereotipadas que perduraram por décadas.
Utilizando técnicas avançadas de proteção facial, um grupo de especialistas reconstruiu o rosto de um Neandertal que viveu há 56 mil anos, revelando um homem mais velho e com características sem estereótipos. O estudo publicado em outubro na revista científica Reasearch Gate.
A pesquisa, que tem um dos coautores o especialista gráfico brasileiro Cícero Moraes, empregou tomografia computadorizada (TC) de um crânio antigo descoberto na França há 115 anos.
Moraes comparou esses restos com crânios humanos de dimensões semelhantes em um banco de dados abrangente, preenchendo lacunas e revelando o homem pré-extinto.
Achados
O achado sugeriu um homem idoso com longos cabelos grisalhos e uma barba combinando.
O ser pré-histórico sofria de uma doença periodontal grave, uma infecção gengival que os especialistas acreditam poder ser um dos primeiros casos documentados de propagação de zoonoses, marcando um ponto crucial na compreensão da saúde e nas interações sociais desses hominídeos .
Ao ser questionado sobre a atratividade do Neandertal, Moraes respondeu que esta representação é a segunda a conquistar o interesse do público, sendo a primeira o ‘vampiro’ de Celakovice.
Os Neandertais, embora visualmente semelhantes aos humanos, eram geralmente mais atarracados e musculosos, coexistindo com os humanos por aproximadamente 100 mil anos antes de sua extinção há cerca de 40 mil anos.
Os crânios, descobertos em La Chappelle-aux-Saints em 1908, exibem características clássicas do Neandertal, incluindo sobrancelhas proeminentes, abertura nasal ampla, e um crânios longos e baixos.
As imagens geradas apresentadas em uma conferência italiana do Ministério da Cultura Italiano revelam uma nova perspectiva, desafiando a visão anteriormente difundida de Neandertais robustos e brutais.
Ao The Sun, Francesco Galassi, coautor do estudo e professor de antropologia física na Universidade de Lodz, enfatizou que a representação desafia preconceitos, revelando uma "aparência mais próxima à humanidade do que se imaginava".
