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Mais de 27 mil asteroides são descobertos com Google Cloud

Novos 27.500 asteroides candidatos foram descobertos em poucas semanas com a ajuda de um novo algoritmo e do Google Cloud

1 mai 2024 - 18h30
(atualizado em 2/5/2024 às 12h30)
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Mais de 27.500 asteroides foram descobertos. A identificação das rochas espaciais é resultado de uma parceria entre o programa Instituto Asteroide, da Fundação B612, com o Google Cloud. O trabalho levou algumas semanas, e seus resultados são importantes para o mapeamento do Sistema Solar e proteção da Terra. 

Foto: N. Bartmann, ESO/M. Kornmesser, S. Brunier, N. Risinger / Canaltech

Em meio aos objetos descobertos, há cerca de 100 asteroides próximos da Terra. O nome não significa que eles podem se chocar com nosso planeta, mas sim que suas órbitas atravessam a da Terra. Mas pode ficar tranquilo: não há nenhum asteroide conhecido que tenha risco de colidir conosco nos próximos 100 anos.

A maioria dos asteroides restantes fica no Cinturão entre as órbitas de Marte e Júpiter, enquanto os demais são troianos de Júpiter. As rochas espaciais deste tipo estão gravitacionalmente ligadas a planetas e os acompanham em sua órbita ao redor do Sol. Também foram encontrados alguns mundos gelados além da órbita de Netuno. 

As novas detecções são o resultado de um trabalho iniciado há alguns anos, quando alguns pesquisadores se dedicaram a procurar asteroides perigosos para nosso planeta. Para isso, os astrônomos costumam fotografar a mesma região do céu várias vezes em uma só noite: estas imagens mostram estrelas e galáxias na mesma posição, mas objetos próximos do nosso sistema (como asteroides), não. 

Asteroides próximos da Terra detectados até 2018 (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Asteroides próximos da Terra detectados até 2018 (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Foto: Canaltech

Só que os pesquisadores do instituto não usaram telescópios, mas sim o Tracklet-less Heliocentric Orbit Recovery (THOR), um algoritmo que analisa fotos antigas em busca de rochas espaciais. O algoritmo é capaz de conectar um pontinho luminoso em uma foto a outro em uma imagem diferente tirada em outra noite, e determina se ambos pertencem ao mesmo objeto. 

Encontrar possíveis asteroides em imagens diferentes é uma tarefa computacional longe de ser simples. É aqui que entra o Google Cloud, divisão de armazenamento na nuvem que conta também com um sistema de computação distribuída, que fez os cálculos em apenas cinco semanas.

"Não consigo nem quantificar a quantidade de oportunidades que existem em termos de dados já coletados e que, se analisados com a computação adequada, poderiam levar a ainda mais resultados", comentou Massimo Mascaro, diretor técnico no escritório do diretor de tecnologia do Google Cloud.

Os benefícios do algoritmo não param por aí. Os cientistas acreditam que ele pode se tornar um aliado valioso para outros observatórios, como o Vera C. Rubin, que deve iniciar as operações no Chile no ano que vem. Quando entrar em ação, o observatório vai analisar o céu várias vezes por noite, monitorando as mudanças ao longo do tempo. 

O esperado é que o observatório examine a mesma parte do céu duas vezes por noite, o que deve permitir a identificação de asteroides. Mas, com o THOR, talvez a segunda análise não seja necessária. "A maioria dos programas científicos ficaria feliz em mudar da cadência da linha de base com duas observações para apenas uma observação por noite", acrescentou Zeljko Ivezic, professor de astronomia e diretor de construção do Vera C. Rubin.

Fonte: B612 Foundation, NY Times

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