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ICQ será encerrado após quase 30 anos no ar

Considerado o "pai" dos mensageiros instantâneos, o ICQ deixará de funcionar no final de junho após 30 anos no ar, mas empresa já sinaliza possível retorno

25 mai 2024 - 18h09
(atualizado em 26/5/2024 às 23h33)
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Considerado o "pai" dos mensageiros instantâneos, o ICQ anunciou na noite desta sexta-feira (24) que sairá do ar no final de junho, após quase 30 anos de funcionamento. A plataforma, que chegou a ter 100 milhões de usuários cadastrados, enfrentava uma batalha para manter o alcance frente a rivais como o WhatsApp e o Telegram. Mesmo com o fim, o serviço deu a entender que pretende voltar em algum momento, com uma mensagem curiosa nas redes sociais.

Foto: (Imagem: André Magalhães/Canaltech) / Canaltech

A notícia do encerramento foi dada sem alarde no site oficial do aplicativo, com a frase "[O] ICQ deixará de funcionar a partir de 26 de junho". O comunicado também sugere que os usuários migrem para o VK Messenger (para uso pessoal) ou VK WorkSpace (para uso corporativo), soluções similares que pertencem à VK, empresa russa atualmente responsável pelo ICQ.

Apesar do anúncio, a empresa parece ainda não ter desistido do mensageiro — em publicação e em resposta a comentários no X (antigo Twitter), a conta oficial do aplicativo publicou um GIF de uma cena famosa do filme "O Exterminador do Futuro", em que o personagem de Arnold Schwarzenegger diz "eu voltarei" (do inglês, "I'll be back"). Ainda não se sabe quais são os planos da VK, que não respondeu a pedidos de comentários da mídia.

Lançado em 1996 pela empresa israelita Mirabilis, o ICQ foi o primeiro grande mensageiro instantâneo do mundo. Seu nome é um trocadilho com a pronúncia das letra i, c e q em inglês, que soam similar à frase "I Seek You" ("eu busco você", em tradução livre).

O anúncio de encerramento do ICQ ocorreu de forma tímida no site oficial — a plataforma sairá do ar em 26 de junho, quase 30 anos após sua estreia (Imagem: Reprodução/ICQ)
O anúncio de encerramento do ICQ ocorreu de forma tímida no site oficial — a plataforma sairá do ar em 26 de junho, quase 30 anos após sua estreia (Imagem: Reprodução/ICQ)
Foto: Canaltech

Para estabelecer a comunicação, cada usuário recebia um número de identificação (UIN), que atuava de forma similar ao papel do número de telefone no WhatsApp.

A plataforma foi comprada pela AOL em 1998, e atingiu seu pico de popularidade em 2001, quando foram registrados mais de 100 milhões de contas. Com o surgimento de mensageiros mais modernos, o ICQ foi perdendo relevância aos poucos, até ser vendido para a VK (na época conhecida como Mail.ru) em 2010.

Seu grande relançamento aconteceu em 2014, mas com a forte presença dos concorrentes, o serviço não atingiu grande nível de popularidade, mesmo que picos no número de usuários tenham sido registrados durante falhas do WhatsApp.

Os últimos anos também foram marcados por polêmicas, sendo a mais recente o bloqueio ocorrido no Brasil em setembro de 2023, em uma operação conjunta entre a Polícia Federal, a Justiça Federal e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A suspensão fez parte de uma investigação em torno de denúncias feitas pelo site Núcleo, que indicavam que o ICQ estava sendo usado para venda de material de pornografia infantil.

Fonte: PCMag

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